Tragédia: 7 anos após o terrível acidente, como estão os jogadores sobreviventes da Chapecoense?

28/02/2024 às 16h16

Por: Bruno Silva
Brasão da Chapecoense estampado em camisa (Imagem: Reprodução)
Brasão da Chapecoense estampado em camisa (Imagem: Reprodução)

Veja como estão os sobreviventes da tragédia envolvendo a Chapecoense

Em novembro do ano passado, se completou 7 anos do terrível acidente envolvendo a equipe da Chapecoense. Na ocasião, o voo da empresa LaMia sofreu com falhas técnicas em um trajeto que partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e levaria a delegação do clube para o Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rionegro, na Colômbia.

Na oportunidade, o avião transportava não apenas os jogadores do time, como a comissão técnica, dirigentes e até mesmo jornalistas de diversos veículos de comunicação. A aeronave caiu próxima à cidade de Medellín. A Chapecoense estava se preparando para jogar a sua primeira final internacional da história, a final da Copa Sul-Americana de 2016, contra o Atlético Nacional.

A forte empolgação da equipe com a sua primeira final internacional não era apenas do elenco do time, mas de toda a cidade de Chapecó e o estado de Santa Catarina, o que era um verdadeiro sonho, porém, foi marcado pela terrível tragédia.

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O acidente, vale dizer, aconteceu a poucos quilômetros de chegar ao seu destino final que era à pista do aeroporto José María Córdova, em Rionegro (Antioquia), na cidade de La Unión, região antes conhecida como Cerro Gordo e hoje renomeada para Chapecoense.

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De acordo com investigações preliminares, o acidente teria sido gerado devido a uma pane seca, quando existe falta de combustível nos tanques para serem bombeados aos motores, gerando assim a parada dos mesmos. A pane teria sido causada pelo planejamento incorreto do voo.

A apuração dos responsáveis dizia que a autonomia do avião era de 3 mil quilômetros, enquanto o trajeto tinha 2.975 quilômetros, tendo uma margem de apenas 25 km, considerada baixíssima na aviação.

Ao todo, foram 71 mortos na tragédia e apenas 6 sobreviventes. São eles: os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jakson Follmann, o jornalista Rafael Henzel, e os comissários de bordo Ximena Suárez e Erwin Tumiri.

Abaixo veja como está cada um dos sobreviventes, 7 anos depois da tragédia:

Alan Ruschel: o jogador chegou na Chapecoense em 2016, para complementar o elenco que chegaria à final da Sul-Americana naquele ano. Depois do acidente, ele teve a chance de retornar aos gramados em um amistoso contra o Barcelona.

Já em setembro de 2017, quase um ano depois da tragédia, o jogador voltou de forma oficial para os gramados, em uma partida das oitavas de final da Copa Sul-Americana contra o Flamengo. O ciclo dele na Chapecoense se encerrou em 2021. No ano de 2019, vale dizer, ele chegou a ser emprestado para o Goiás.

Com o fim do seu contrato com a Chapecoense, Alan Ruschel saiu do time de forma ríspida, acionando a Justiça contra o clube pela falta de compromisso com os atrasos de salários.

De lá para cá, ele já teve passagens pelo Cruzeiro, América Mineiro e Londrina. O seu atual clube é o Juventude. No ano passado, a sua campanha pelo time gaúcho foi coroada com um retorno à Série A, que foi decidida na última rodada contra o Ceará.

Alan Ruschel (Foto: Reprodução)

Alan Ruschel (Foto: Reprodução)

Neto: assim como Alan Ruschel, o jogador tentou protagonizar um retorno aos gramados, mas, ele não obteve sucesso. No ano de 2019, ele então, decidiu se aposentar por conta das fortes dores que ele sentia.

De acordo com o jogador, as dores que ele sentia eram maiores do que o seu prazer em jogar bola. Mas, ele continuou na Chapecoense, porém, assumindo a função de superintendente de futebol.

Apesar de treinar por um curto espaço, ele não teve oportunidade de se despedir dos gramados. No passado, ele participou de um amistoso na Arena Condá, que serviu como sua despedida. Atualmente, Neto é palestrante e atua na defesa dos familiares das vítimas do acidente aéreo, que seguem em disputas judiciais.

Neto (Foto: Reprodução)

Neto (Foto: Reprodução)

Jakson Follmann: o goleiro, por sua vez, se aposentou dos gramados depois de passar por uma cirurgia de amputação de uma de suas pernas. Mas, ele continuou atuando pela Chapecoense, dessa vez como embaixador do clube, assim como Neto.

Quatro meses depois do acidente, ele ainda foi contratado como comentarista da Fox Sports Brasil. Na TV, ele ainda participou do programa Popstar, da TV Globo.

Inclusive, o ex-goleiro se tornou o campeão daquela edição do reality musical, em 2019, faturando o prêmio de 250 mil reais.

Jakson Follmman (Foto: Reprodução)

Jakson Follmman (Foto: Reprodução)

Rafael Henzel: ele foi o único profissional de comunicação que sobreviveu. Na época ele fazia parte da Rádio Oeste Capital. Porém, infelizmente, cerca de 3 anos depois do acidente, o jornalista morreu em 2019, depois de ter sofrido um infarto.

Na ocasião, o jornalista jogava na cidade de Chapecó, quando foi levado ao Hospital Regional do Oeste, ainda com sinais vitais, mas ele não resistiu.

Antes de morrer, em 2017, o jornalista lançou o livro “Viva como se estivesse de partida”, onde ele falou sobre o incidente e a mensagem de importância à vida. Ele deixou filho e esposa.

Rafael Henzel (Foto: Reprodução)

Rafael Henzel (Foto: Reprodução)

Ximena Suárez: essa é a pessoa que menos se sabe do seu presente estado após o acidente. A mesma é uma aeromoça boliviana, e única mulher que ficou viva depois do acidente. Ela chegou a ficar internada na Colômbia durante 3 semanas, depois, ela retornou para à Bolívia, onde se reuniu com os filhos.

A última informação que se tem dela, é de 2019, que ela estava estudando para começar a trabalhar na companhia aérea AmasZonas.

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Ximena Suárez (Foto: Reprodução)

Ximena Suárez (Foto: Reprodução)

Erwin Tumiri: o comissário de bordo foi um dos 2 tripulantes que sobreviveram. Após o trágico acidente, ele permaneceu ligado à aviação e também sobreviveu a outro grave acidente de ônibus em sua Bolívia natal, que deixou 21 mortos.

O veículo em que ele se acidentou estava no quilômetro 72 da rodovia que liga Cochabamba a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. “Ele está estável, graças a Deus. Me sinto feliz pelo meu irmão. Ele está com ferimentos no joelho e arranhões nas costas, está com um corte que vai ser suturado”, declarou na época sua irmã ao jornal local “Los Tiempos”.

Atualmente Erwin trabalha na Diretoria de Aeronáutica Civil da Bolívia.

Erwin Tumiri (Foto: Reprodução)

Erwin Tumiri (Foto: Reprodução)

Autor(a):

Eu sou Bruno Silva, redator de notícias desde 2013, com passagens em diversos sites. No Aaron Tura TV, trago notícias com credibilidade e responsabilidade aos leitores, sobre o mundo esportivo, de olho nas contratações dos jogadores e movimentações no mercado da bola, trazendo também notícias curiosas dos mais diversos assuntos, deixando os leitores atualizados com informações da atualidade.

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