Após mais um título com Palmeiras, Abel revela ter descoberto doença: “Fui fazer exames há 3 meses e deu”
10/04/2023 às 8h50

O técnico do campeão do campeonato paulista 2023 concedeu uma entrevista e fez revelação sobre sua saúde
Esse domingo (09), foi marcado pelas finais dos campeonatos estaduais que consagraram Palmeiras e Fluminense campeões. Após o jogo, o técnico Abel Ferreira falou com os jornalistas.
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Jogando em casa, o Palmeiras conquistou uma bela vitória em cima do Água Santa, o time visitante já tinha feito história ao derrotar o adversário por 2×1 na primeira partida da final, mas não aguentou a pressão e no segundo jogo perdeu por 4×0 para o Verdão.

Palmeiras campeão do campeonato paulista 2023 (Imagem Reprodução Internet)
No Rio de Janeiro, a final foi um clássico entre Fluminense e Flamengo, com direito à virada também. No primeiro jogo, o Mengão marcou 2×0 e foi para a final com a vantagem, mas o Flu não se deu por vencido e acabou terminando o campeonato dando um chocolate no rival, 4×1.
O técnico do Verdão, sempre chamou a atenção dos jornalistas com seu jeito direto de falar e ao final do jogo concedeu uma entrevista e contou sobre os momentos dele no país.
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À princípio o técnico falou sobre como é atuar no Brasil. “Falar do ser humano Abel… Eu gosto muito que essa parte fique para mim. Vocês já entenderam que há um animal competitivo dentro de mim. Quando acaba competição, desliga e eu tenho meus medos, inseguranças, uma pessoa normal. O Brasil é um desafio, perguntaram ao Guardiola sobre recorde de demissões. Eu falaria ‘Bem-vindo ao Brasil’. Treinador só sobrevive com resultado.” disparou.
E acrescentou: “Abel é resultadista, todos são, todos jogam para ganhar. Esse lado pessoal eu gosto muito de deixar para mim, reservado. Quero muito preservar. O Brasil te dá uma experiência extraordinária para esses desafios. Estaduais acabaram, dou parabéns a todos os campeões, mas o Brasileirão está aí, portanto vamos passar isso dentro de campo, de chegar ao final tentando o título, defendendo o título. É muito difícil, hoje tivemos lesão do Veiga. Vamos ficar sem o Rony, que jogou duas partidas com o braço quebrado. É bom vocês saberem”.

Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, fala com a imprensa após a conquista de mais um campeonato (Imagem Reprodução Internet)
Para o português, o time só dá certo quando todos da equipe são alinhados, não adianta cada um ter sua opinião, mesmo que todas sejam boas,
“Por isso gosto de estar aqui, é muito desafiador. Vi o Guardiola respondendo essa pergunta. Isso é o Brasil. Na Inglaterra também. Quando há estrutura com todos congruentes… Não é só o bom treinador. Estou no futebol desde os 18 anos e é necessário ter bom presidente, bom diretor. Tem que ser forte, comunicativo, dizer na cara. Esse tripé é importante e aqui é extraordinário. Quando presidente diz A, diretor B e treinador, por melhor que seja, diga C, não há sucesso. Falem com o Ancelotti, Guardiola… Todos dirão o mesmo. É disto que eles falam, o segredo é muito simples”, contou.
Abel Ferreira revela doença
Ainda durante a coletiva, o técnico do Verdão contou que fez um exame há três meses e acabou descobrindo uma doença.
“Minha mulher diz que tenho menos cabelo, mais barba e cabelo branco. Não sei se ela vai deixar continuar muito mais. Fui fazer exames há três meses e deu arritmia no coração, nunca tinha feito isso na minha vida. Não sei se era o Palmeiras ou ela, por estar apaixonado. Mas falando sério: futebol tem coisas fantásticas e outras desumanas, como nove jogos em um mês. O treinador reclama da lesão do Rashford por causa da sequência de jogos. Queria perguntar sobre nove jogos por mês em dois meses. Cala-te, você não sabe o que diz”.
Para finalizar Abel Ferreira fez uma crítica ao número de jogos existentes hoje em dia e afirmou que é possível ganhar dinheiro com um número menor de partidas, para humanizar os jogadores e comissão técnica.
“Que me perdoem os que não gostam de ouvir, temos que reduzir o número de jogos. Temos que humanizar isso, dinheiro não é tudo. Podemos fazer mais dinheiro com menos jogos. Se o produto for bom, vão pagar. Mesmo que haja menos. Nove jogos, não sei o que vai acontecer. Fiquei sem o Veiga e vamos ver, um jogo de cada vez. Vou preparar todos, é desumano. O dia que enfartar eu vou embora, mas é desumano”, finalizou.
Autor(a):
Fernanda Zanardo
Eu sou Fernanda Zanardo, tenho 32 anos e sou bacharel em direito por formação pela FMU. Sempre atenta à tudo ao meu redor, sou Redatora Web por vocação. Encantada pelo mundo esportivo, adoro escrever sobre o assunto, sobretudo de futebol. Amo animais e viajar.