William Bonner quase é preso, é cercado por multidão, expõe assassinato na Globo e cai em lágrimas
28/06/2022 às 11h09
Em 2009, William Bonner lançou o livro Jornal Nacional – Modo de Fazer, onde entregou várias situações complicadas que passou em seus muitos anos de carreira. Ele já se mostrou extremamente vulnerável e chegou a chorar na bancada ao vivo algumas vezes.
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Em uma entrevista ao Memória Globo, William Bonner falou sobre a morte do Papa João Paulo II, em 2005. A equipe de reportagem conseguiu chegar ao Vaticano antes da confirmação do falecimento. Desse modo, a ideia de Ali Kamel, diretor do Jornalismo da emissora, era fazer o Jornal Nacional diretamente de lá no dia da morte.
Foi uma tremenda correria e William Bonner precisou correr pelas ruas do Vaticano para conseguir fazer a primeira entrada ao vivo anunciando a morte do Papa. No meio de uma multidão de religiosos, o jornalista recebeu a informação e conseguiu ser um dos primeiros veículos do mundo a noticiarem a partida de João Paulo II.
Entretanto, havia um problema: para que tudo desse certo, William Bonner precisaria da colaboração dos policiais para atravessar uma barreira. Encurralado, ele conversou com os oficiais, que proibiram sua passagem e ainda fizeram ameaças. “Se o senhor passar para o lado de cá, será preso imediatamente”, disparou um deles.
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No livro de 2009, William Bonner revelou que teve ajuda de algumas freiras para conseguir entrar ao vivo: “E as freirinhas da iam, agora alegres, pedindo licença aos peregrinos. E os peregrinos iam se espremendo para abrir passagem. E eu ia trilhando o rastro que elas deixavam”.
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Em 2003, William Bonner chorou ao vivo na Globo. Após uma falha técnica em uma reportagem sobre a morte de Roberto Marinho, o jornalista precisou prestar suas homenagens de forma espontânea, ao vivo. “Eu fui lendo, lendo, lendo, muito lento, porque sou chorão, eu sei, e me emociono com muita facilidade”, avaliou.
Para finalizar, William Bonner revelou uma situação inusitada sobre os estúdios do JN. Os estúdios onde ficam a bancada, foram palco de uma cena icônica das novelas brasileiras, de 1988. A personagem Odete Roitman, de Vale Tudo, foi assassinada no mesmo lugar que hoje se passam as notícias.
Nesse mesmo estúdio, em 1990, a Globo retirou todo o setor de dramaturgia do prédio do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro, e deixou apenas o jornalismo. As novelas foram passadas para o Projac, inaugurado oficialmente em 1995, em Jacarepaguá.
Autor(a):
Beatriz Castro
Tenho 33 anos e sou formada em Produção Multimídia. Sempre fui uma apaixonada por leitura, escrita e televisão. Adoro trazer informações sobre o mundo das celebridades.