Vídeo de Leda Nagle traz à tona revelação inusitada sobre Jair Bolsonaro
01/07/2021 às 19h11
O presidente Jair Bolsonaro montou o plano de infectar 60% da população brasileira com a Covid-19. Ricardo Barros, atual deputado federal, revelou detalhes da ideia do político. Ele expôs a intenção do governo federal durante entrevista concedida à Leda Nagle.
No dia 18 de maio de 2020, a jornalista fiel ao governo disse que a imprensa do país “tem mania de comparação” e exemplificou: “‘Ah, morreu mais gente no Brasil do que na Bélgica’. Claro, a população é totalmente diferente numericamente falando. Essas comparações, quando elas são rápidas e desatentas, elas podem fazer muito mal”.
Na conversa, Ricardo assumiu a palavra e argumentou fora do contexto científico. “Muitas vezes são maldosas mesmo. São desinformações e tentativas de convencer a população de que o desastre é muito maior do que é verdadeiramente”, disse. “O presidente Bolsonaro também acha isso”, completou Leda Nagle.
Foi quando o político esclareceu que o presidente enxerga como ideal “enfrentar o vírus” e não “correr do vírus”. Bolsonaro já falou sobre o assunto, mas nunca havia mencionado números ou metas para a infecção da população:
“O presidente Bolsonaro acha que os problemas que enfrentamos pela crise econômica serão muito maiores do que enfrentaremos pela crise da saúde. O ideal seria o enfrentamento do vírus e não correr do vírus. Nós estamos tentando fugir do vírus e ele tá pegando igual, então ele queria enfrentar o vírus, manter, alcançar logo o pico da curva para que haja 60% da população infectada com anticorpos e aí acaba a epidemia”.
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Sem mencionar as variantes do vírus, o número maior de casos e mortes, Ricardo Barros continuou: “Quando o vírus começou a encontrar tantas pessoas que não são receptivas, pois já tem anticorpos, aí acaba a propagação. Não vai acabar antes de infectar 60% das pessoas”.
“E se a gente levar um ano para infectar 60% das pessoas, nós vamos ficar um ano com uma crise econômica e depois para recuperar vai ser tudo muito mais difícil. É salvar vidas ou salvar a economia? São as duas coisas”, completou.
Autor(a):
Flavia Fasanella
Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.