Um Lugar ao Sol faz Mariana Lima rever sua heterossexualidade

A atriz Mariana Lima não passou ilesa às questões de sua personagem em Um Lugar ao Sol. Ela coloca a própria sexualidade em perspectiva a partir dos dramas centrais de Ilana, que troca o casamento com Breno (Marco Ricca) para viver um romance com Gabriela (Natália Lage). “Ela é uma heterossexual muito mais convicta do que eu”, analisa.

+Fabrício Battaglini testou positivo para Covid-19 e é afastado do Mais Você

A personagem de Mariana Lima verá sua vida virar de cabeça para baixo pelas cobranças do marido, que ressente a dedicação da empresária totalmente ao trabalho. Ele sempre teve o sonho de ter uma família e pressiona a mulher para ela engravidar antes que seja “tarde demais” em seu juízo.

“Não é um casamento falido, pelo contrário. O casal vai passar por muitas coisas antes de realmente entrar em crise. Ela colocou o tesão na vida profissional, e o relógio biológico bate para ela. Existe toda uma pressão social, eu tenho amigas mais novas que estão passando por isso, do ‘vai ser mãe ou não vai ser’?”, explica a Mariana Lima ao Notícias da TV.

+Márcio Garcia fica revoltado após perder programa na Globo

Mariana Lima viverá dilemas que várias mulheres na casa dos 40 passam para exercer a maternidade biológica. “É um processo doloroso, não é só tomar hormônio. Tem que congelar e descongelar os óvulos, além de toda a expectativa”, afirma.

Illana Procurará ajuda justamente de Gabriela, médica especialista em fertilidade, por quem se apaixona. “Ela nunca se imaginou com outra mulher, nunca imaginou essa possibilidade no corpo, e vai passar por uma crise de autoaceitação. Ainda é um tabu”, conclui Mariana Lima.

Mariana Lima viverá personagem bissexual em Um Lugar ao Sol (Foto: Reprodução)

Mariana Lima não tem ainda uma opinião sobre a aceitação do público referente à aceitação das duas, ao contrário do que aconteceu com Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) em Babilônia (2015): “Alguns dizem que a sociedade está mais pronta do que naquela época, mas não sei dizer. Me parece que não, ainda mais de uma coletividade que elegeu um [Jair] Bolsonaro. As pessoas me parecem pouco tolerantes. Por outro lado, a Ilana vai viver justamente esse drama de quem não consegue se aceitar ou mesmo não aceitar o outro.”