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Uber sofre derrota na Justiça e tem que contratar todos os motoristas com carteira assinada

Uber sofre derrota na Justiça (Imagem Reprodução Internet)

Uber sofre derrota na Justiça (Imagem Reprodução Internet)

O aplicativo de transporte está com problemas ao lidar com uma derrota na Justiça do Trabalho e precisa registrar todos os motoristas; Entenda

A Uber, uma das plataformas de transporte mais reconhecidas no Brasil, enfrenta um significativo revés legal devido a uma decisão de grande alcance proferida pelo Juiz Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo. O magistrado determinou que a empresa registre todos os seus motoristas sob a égide das leis trabalhistas brasileiras, regulamentadas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Ademais, a plataforma foi condenada a pagar uma multa de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos. Esta sentença surpreendente é resultado de uma ação civil pública movida pela Procuradoria Regional do Trabalho.

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Motorista Uber (Imagem Reprodução Internet)

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A determinação do Juiz Maurício Pereira Simões tem o potencial de reconfigurar profundamente o relacionamento entre a Uber e seus motoristas.

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Em sua decisão, o juiz estabeleceu um prazo de seis meses para que a Uber cumpra a ordem após a fase de apelação, sob pena de multa diária de R$ 10 mil para cada motorista não registrado. Dessa forma, essa penalidade pode ter sérias implicações financeiras para a Uber.

Origem da controvérsia

A origem deste caso remonta a uma denúncia apresentada pela Associação dos Motoristas Autônomos de Aplicativos (AMAA) à Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região.

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Os motoristas alegaram condições de trabalho adversas, o que levou o Ministério Público do Trabalho a iniciar uma ação civil pública. O objetivo primordial era garantir que os motoristas da Uber fossem registrados sob a CLT e recebessem compensações por danos morais.

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O juiz, ao fundamentar sua decisão, destacou que, após análise criteriosa dos diversos aspectos legais relacionados à relação entre a Uber e seus motoristas, a conclusão inescapável era de que esses motoristas deveriam ser considerados funcionários da empresa.

Isso fundamentou sua determinação para que a Uber cumpra a legislação trabalhista brasileira e registre os motoristas, incluindo aqueles contratados após a sentença.

A multa de R$ 1 bilhão imposta à Uber foi direcionada para finalidades específicas. Conforme a sentença, 90% dos danos morais coletivos serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, enquanto os 10% restantes serão direcionados a associações de motoristas de aplicativos devidamente registradas e constituídas de acordo com a legislação. Isso visa assegurar que a compensação beneficie tanto a sociedade em geral quanto os motoristas afetados.

Resposta da Uber

A Uber reagiu rapidamente à decisão da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo. A empresa anunciou sua intenção de recorrer da sentença e, como resultado, não implementará nenhuma das medidas especificadas na decisão até que todos os recursos legais sejam exauridos.

A plataforma argumenta que a decisão do juiz é discrepante em relação ao histórico de julgamentos semelhantes envolvendo outras plataformas de compartilhamento, como Ifood, 99, Loggi e Lalamove.

A Uber ressalta a falta de regulamentação clara no país para o modelo de trabalho intermediado por plataformas, o que levou o governo federal a criar um Grupo de Trabalho para elaborar propostas de regulamentação.

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Uber sofre derrota na Justiça (Imagem Reprodução Internet)

Essa iniciativa visa preencher a lacuna legal e estabelecer critérios para a natureza jurídica das atividades e ganhos financeiros mínimos.

A decisão judicial que obriga a Uber a registrar seus motoristas sob a CLT e pagar uma multa substancial por danos morais coletivos representa um momento decisivo na relação entre plataformas de compartilhamento e seus trabalhadores. Apesar da intenção declarada da Uber de recorrer, a sentença reflete uma crescente preocupação com as condições de trabalho e os direitos dos motoristas que prestam serviços por meio dessas plataformas.

Como esse caso se desenrolará no sistema judiciário brasileiro ainda é incerto, mas ele destaca a necessidade de regulamentações mais claras e abrangentes para o crescente setor de serviços por aplicativos.

Eu sou Fernanda Zanardo, tenho 32 anos e sou bacharel em direito por formação pela FMU. Sempre atenta à tudo ao meu redor, sou Redatora Web por vocação. Encantada pelo mundo esportivo, adoro escrever sobre o assunto, sobretudo de futebol. Amo animais e viajar.

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