SBT será investigado pelo Ministério Público por polêmica na Copa América
08/06/2021 às 7h31
O SBT está investindo pesado em seu departamento esportivo, criando programas e comprando os direitos de exibição de campeonatos de futebol. No entanto, um desses está dando mais dor de cabeça do que lucro à emissora.
A Copa América era um dos maiores eventos marcados para 2021, certeza de boa audiência e atração anunciantes. No entanto, o torneio que iria acontecer na Argentina e Colômbia foi rejeitado pelos países por conta da pandemia e de questões políticas. Com isso, o campeonato veio para no Brasil, mesmo sob protestos e com a crise sanitária.
Agora, o caso teve mais um desdobramento com o Ministério Público Federal investigando a emissora.
Em ação coordenada, o MPF vai investigar a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF e os estados e municípios que aceitaram sediar o evento. O SBT e a Disney, donos dos direitos de exibição da Copa América na televisão aberta e fechada, também serão objeto das ações, assim como os patrocinadores do evento esportivo, segundo informações da colunista Mônica Bergamo.
Ainda segundo informações da colunista, o subprocurador Carlos Alberto Vilhena, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, determinou a expedição de ofícios aos procuradores dos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal solicitando a abertura de procedimentos de investigação sobre a realização da Copa América.
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A CBF e as empresas envolvidas no realização do campeonato deverão ser investigadas por “atos violadores dos direitos à vida e à saúde” por conta da crise de Covid-19 no Brasil. Os gestores dos municípios e estados deverão responder por colaborar com as violações ou por se omitir “do dever de prevenção a condutas transgressoras de direitos humanos no contexto de atividades empresariais e do dever de proteção contra comportamentos atentatórios a mencionados direitos fundamentais”, diz a colunista.
A ideia de abrir a ação partiu do Grupo de Trabalho de Direitos Humanos e Empresas do MPF, coordenado pelo procurador Thiago Coelho, enfatizando que o plano apresentado pela CBF e Conmebol não garante que não haverá alta transmissibilidade da infecção respiratória, colocando em risco também a saúde de trabalhadores, como profissionais de futebol, jornalistas, equipe técnica e de televisão e rádio, trabalhadores dos estádios, além dos segurança e os responsáveis por serviços auxiliares.
Autor(a):
Marcos Paulo
Jornalista e repórter com mais de 5 anos de experiência com reportagens e coberturas do mundo do entretenimento.