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R$11,28B em dívidas: Rival da GOL apela contra falência em país após se afundar em rombo

29/05/2025 às 8h00

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Companhia aérea, rival da Gol, apela contra falência em país (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Hora do Benefício/Canva/Logos)

Companhia aérea gigante, rival direta da Gol, apela com medida urgente contra a falência após afundar em dívidas bilionária

E uma companhia aérea gigantesca, considerada uma das principais concorrentes da GOL no mercado brasileiro, apelou ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos nesta quarta-feira (28), a fim de escapar de um possível colapso irreversível após se afundar em um rombo bilionário.

Trata-se da Azul Linhas Aéreas, a qual tenta se reestruturar após mais de R$ 11,28 bilhões em dívidas.

O pedido foi formalizado após a companhia enfrentar uma escalada crítica em seus passivos e registrar prejuízos consecutivos.

A medida, semelhante à recuperação judicial no Brasil, visa preservar as operações enquanto a empresa reorganiza sua estrutura financeira.

Neste contexto, a partir de informações coletadas através do G1, a equipe especializada em economia do Hora do Benefício, traz todo o parâmetro da situação e seus impactos.

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Azul pediu pela sua recuperação judicial através do Capítulo 11 dos Estados Unidos (Foto Reprodução/Dourados)
Azul pediu pela sua recuperação judicial através do Capítulo 11 dos Estados Unidos (Foto Reprodução/Dourados)

O agravamento da crise

Nos últimos dois anos, a Azul acumulou dívidas significativas e perdeu valor de mercado de forma acelerada.

Em 2025, o endividamento total da companhia ultrapassou a marca de R$ 31 bilhões, com um aumento expressivo de mais de 50% em relação ao ano anterior.

No primeiro trimestre, conforme citado acima, o rombo foi de R$ 1,82 bilhão — pior do que o registrado em 2024.

O quadro financeiro deteriorado se refletiu diretamente nas ações da empresa, que acumulam queda superior a 70% no ano.

O CEO da companhia, John Rodgerson, responsabilizou a situação:

  • Pela crise da pandemia de Covid-19;
  • Desequilíbrios macroeconômicos recentes;
  • Disfunções na cadeia global de suprimentos da aviação.

De acordo com ele, a combinação desses fatores comprometeu o fluxo de caixa e inviabilizou o cumprimento de compromissos financeiros sem reestruturação.

Ações da Azul despencaram após a notícia da recuperação (Foto Reprodução/Montagem/Internet/Canva/Hora do Benefício/Lennita)
Ações da Azul despencaram após a notícia da recuperação (Foto Reprodução/Montagem/Internet/Canva/Hora do Benefício/Lennita)

Pedido de proteção:

A Azul ingressou com o pedido de proteção no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, solicitando o Capítulo 11 para viabilizar a continuidade das operações enquanto conduz negociações com credores.

O plano da companhia inclui a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e a injeção de US$ 950 milhões em novos aportes de capital.

O processo ainda contempla um financiamento de US$ 1,6 bilhão que deve assegurar liquidez no curto prazo.

Durante a tramitação, a empresa afirma que continuará operando normalmente, preservando compromissos com clientes, fornecedores e funcionários.

A iniciativa recebeu o respaldo de credores relevantes, da maior arrendadora de aeronaves da Azul, além de parceiros estratégicos nos Estados Unidos.

Impacto imediato e reação do mercado

Apesar de o mercado já sinalizar preocupação com a situação da empresa, a formalização do pedido de recuperação gerou forte repercussão negativa.

Antes da abertura das bolsas americanas, os papéis da companhia chegaram a cair 40%.

No pregão brasileiro, a queda foi de cerca de 6%, o que acionou o mecanismo de leilão para conter a volatilidade.

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Diante da nova realidade, a B3 anunciou a exclusão das ações da Azul de todos os seus índices.

A crise da empresa já havia se tornado evidente semanas antes, quando os papéis lideraram as perdas do Ibovespa após a divulgação de prejuízos trimestrais elevados.

A movimentação do mercado indicava que a recuperação judicial era iminente, mas ainda assim, a confirmação da medida intensificou o pessimismo entre investidores.

Repercussão institucional

O Ministério dos Portos e Aeroportos declarou que acompanha de perto o processo de recuperação da Azul.

A pasta manifestou confiança na capacidade da empresa de conduzir uma reestruturação bem-sucedida, à semelhança do que ocorreu com outras aéreas nacionais.

O governo também reafirmou seu compromisso em manter diálogo com o setor para mitigar impactos sobre consumidores e o sistema de transporte aéreo.

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Quais são os próximos passos da Azul?

Durante o processo de reestruturação, a Azul pretende manter a malha aérea, honrar passagens emitidas e garantir a operação dos programas de fidelidade.

A companhia também solicitou ao tribunal autorização para seguir com o pagamento de salários e benefícios, além da quitação de compromissos com fornecedores essenciais.

O plano prevê que, ao final do processo, a empresa saia com uma estrutura de capital mais enxuta e condições de recuperar a competitividade no mercado.

As negociações com credores e investidores seguem em andamento e serão determinantes para o sucesso da recuperação.

Tenho passagens da Azul, algo muda com a recuperação judicial?

De acordo com a CNN, a Azul informou que “a operação continua normalmente” e os passageiros não serão afetados. Além disso, os bilhetes serão honrados, além dos pontos do Azul Fidelidade e os benefícios mantidos.

Fernando Canutto, especialista em direito empresarial e sócio do Goodke Advogados, pontuou que é baixo o risco de cancelamento de voo da companhia por conta do pedido de recuperação judicial.

“Não posso dizer que é impossível, mas é altamente improvável que haja impacto imediato. A maioria das companhias aéreas continua a honrar as reservas durante o processo de reestruturação” – Disse ele

Azul continuará honrando as passagens (Foto Reprodução/CNN)
Azul continuará honrando as passagens (Foto Reprodução/CNN)

Conclusão:

Em suma, a Azul acionou o Capítulo 11 da Lei de Falências americana para eliminar mais de R$ 11,28 bilhões em dívidas.

Agora a companhia pretende seguir operando normalmente com apoio de parceiros estratégicos. Por fim, o governo brasileiro observa o processo com expectativa de recuperação bem-sucedida. Mas, para saber mais sobre essas histórias como essa, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida. Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever. Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino-americanas e mundiais. A arte é o que me move... Atualmente, escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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