Novo salário mínimo de R$ 1.925 é programado no Brasil. Saiba como isso beneficia você e sua família
O cenário econômico brasileiro em 2025 motiva discussões relevantes sobre o poder de compra da população. Nesse sentido, trabalhadores e suas famílias acompanham atentamente as atualizações financeiras que impactam diretamente o orçamento doméstico.
A partir de informações divulgadas pelo portal “Valor Econômico”, a equipe do Hora do Benefício, especializada em economia e finanças, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
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O novo valor e o impacto imediato
O piso salarial nacional registrou um incremento de R$ 106 em 2025, representando uma alta de 7,5% frente aos R$ 1.412 vigentes em 2024.
Embora a sanção presidencial do orçamento tenha ocorrido somente em abril, o novo valor passou a vigorar oficialmente desde 1º de janeiro, com o pagamento efetivado aos trabalhadores a partir de fevereiro.
Projeções futuras animadoras
Ademais, o governo federal projeta um valor de R$ 1.630 para o salário mínimo em 2026, o que sinaliza um aumento de 7,37%.
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Seguindo essa trajetória ascendente, as previsões ministeriais indicam R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028, culminando na aguardada cifra de R$ 1.925 em 2029. Essa perspectiva de alcançar R$ 1.925 é, sem dúvida, motivo de comemoração para muitos trabalhadores brasileiros.
A base da remuneração nacional
O salário mínimo constitui a referência para a remuneração dos trabalhadores no Brasil, conforme estabelece a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Essa base salarial corresponde a uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, ou seja, oito horas diárias.
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Alcance do reajuste
Além de impactar diretamente quem está ativo no mercado de trabalho, o valor do salário mínimo também serve como diretriz. Ele orienta o reajuste de salários no funcionalismo público e estabelece o piso para aposentadorias e diversos benefícios sociais, incluindo o Bolsa Família.
Como fica o salário com os descontos?
Trabalhadores com rendimento de até dois salários mínimos, ou seja, R$ 3.036 em 2025 (considerando o piso de R$1.518), possuem isenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Contudo, incide o desconto da alíquota do INSS, que é de 7,5% para quem recebe um salário mínimo.
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Assim, para um salário mínimo, o desconto previdenciário totaliza R$ 113,85. Portanto, caso não existam outros descontos não fixos, o salário líquido neste caso alcança R$ 1.404,15.
Já para quem aufere dois salários mínimos, o desconto referente ao INSS atinge R$ 257,73, e o salário líquido, sem outros descontos variáveis, fica em R$ 2.778,27, possibilitando um pagamento extra no orçamento.
Entendendo os descontos no contracheque
Os descontos obrigatórios no holerite de quem recebe acima do piso nacional podem atingir até 41,5% da remuneração mensal. Este percentual engloba até 14% para o INSS e 27,5% para a última faixa do Imposto de Renda.
Entretanto, nem todos os trabalhadores arcam com esse percentual máximo, porque a alíquota do IR é progressiva e isenta rendimentos até R$ 2.259,20.
Por outro lado, em algumas situações, o total descontado pode ser superior, pois podem incidir deduções como vale-transporte ou mesmo uma folga extra negociada com certas condições. Segundo especialistas, os descontos não devem ultrapassar 70% do valor do salário.
A metodologia de cálculo do aumento
O cálculo para o reajuste do salário mínimo em 2025 obedece à política de valorização estabelecida pela Lei nº 14.663/23. Essa metodologia considerou o valor de R$ 1.412 e aplicou a inflação acumulada pelo INPC até novembro do ano anterior, somada ao avanço do PIB de dois anos antes.
Importante ressaltar que o avanço do PIB é limitado a 2,5% por uma alteração realizada pelo Congresso Nacional na lei nº 15.077 em dezembro de 2024.
Portanto, a política vigente atualiza o piso somando a inflação do ano anterior (INPC) ao crescimento real do PIB de dois anos antes (limitado a 2,5%). Consequentemente, em cenários de PIB negativo, o reajuste contempla apenas a inflação.
Para o registro da atualização salarial, algumas etapas são necessárias:
- O empregador deve registrar o reajuste do salário mínimo manualmente no eSocial.
- Essa ação precisa ocorrer antes do fechamento da folha de pagamento do mês vigente.
- O login na plataforma GovBR é o primeiro passo, seguido pela seleção de “Gestão de Trabalhadores” e “Dados Contratuais”, onde se informa o início da vigência do valor atualizado.
O ajuste também pode ser realizado via site ou aplicativo eSocial Doméstico, muitas vezes com auxílio de assistente virtual.
É fundamental notar que essa alteração no eSocial não é automática e se aplica especificamente a quem recebe o piso; para salários superiores, prevalecem os acordos contratuais.
Considerações finais
As projeções de aumento do salário mínimo, especialmente a meta de R$ 1.925 para 2029, representam um horizonte importante para os trabalhadores brasileiros.
Esses ajustes, juntamente com a clareza nos cálculos e descontos, são fundamentais para o planejamento financeiro e a valorização da mão de obra no país.
