Péssima notícia do Banco Central hoje (30/08) para os brasileiros que utilizam cartão de crédito; Confira
30/08/2023 às 9h26
O órgão revelou péssima notícia sobre os juros rotativos das operações com essa forma de pagamento e preocupa os consumidores
Desde julho de 2023, os juros cobrados nas operações de cartão de crédito estão subindo vertiginosamente. Na segunda-feira (28), o Banco Central (BC) revelou os percentuais de juros praticados entre junho e julho, mostrando que essas taxas ultrapassaram os 400% nos últimos dois meses.
Como resultado, a falta de pagamento também está em ascensão, alcançando preocupantes 49,5% das transações envolvendo cartões de crédito.
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Para entender melhor, o “rotativo” é o modo de crédito mais caro disponível no Brasil. Ele é ativado quando o cliente não quita integralmente sua fatura e a dívida é acumulada para o mês seguinte.
No entanto, essa opção é desvantajosa, já que os juros associados ao cartão de crédito continuam aumentando. Isso é particularmente comum entre os consumidores que, por algum motivo, não conseguem arcar com o valor total da dívida.
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Essa prática resulta em juros cada vez mais elevados a cada mês, e se o cliente optar por pagar apenas o mínimo da fatura, a situação se transforma em um ciclo vicioso.
Especificamente, os juros do modo rotativo do cartão de crédito atingiram 445,7% em julho, quando comparados aos 437% de junho, conforme relatado pelo Banco Central.
Esse aumento nas taxas contribuiu para elevar a inadimplência no Brasil para 49,5% das operações envolvendo cartões de crédito somente em julho.
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No início de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está avaliando maneiras de reduzir essa inadimplência associada ao crédito rotativo.
Uma das abordagens sugeridas pelo próprio Campos Neto é eliminar o uso automático do rotativo do cartão sobre o saldo devedor. Com esses números divulgados pelo Banco Central, ele ressaltou a possibilidade de substituir essa modalidade por outras alternativas, como uma taxa fixa de 9% ao mês sobre o valor devido.
O presidente do Banco Central indicou que a solução está caminhando na direção de eliminar o uso do rotativo, direcionando os débitos diretamente para um parcelamento com essa taxa fixa.
Essa mudança também visa a diminuir o índice de endividamento das famílias, que teve uma queda de 5% em relação a maio, chegando a 48,3%.
Segundo o BC, em um acumulado de 12 meses, houve um aumento de 1,6 ponto percentual nesse índice de endividamento. O comprometimento da renda também teve um aumento notável em junho, com 28,3% da renda familiar sendo destinada ao pagamento de dívidas.
Fernando Coelho, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, mencionou que essa queda em junho pode ser explicada, em parte, pelo aumento da renda das famílias. Agora, resta aguardar mais informações do Banco Central em relação à possível eliminação dos juros rotativos nos cartões de crédito.
Autor(a):
Fernanda Zanardo
Eu sou Fernanda Zanardo, tenho 32 anos e sou bacharel em direito por formação pela FMU. Sempre atenta à tudo ao meu redor, sou Redatora Web por vocação. Encantada pelo mundo esportivo, adoro escrever sobre o assunto, sobretudo de futebol. Amo animais e viajar.