No capítulo da última segunda-feira (18) em Pantanal, Tenório (Murilo Benício) chocou o público ao dizer que seria capaz de afogar um filho homossexual. Apesar da suavização da homofobia dos roteiros originais, a cena do fazendeiro com Guta (Julia Dalavia) espantou os telespectadores. Na versão original da novela o termo “sapatona” foi usado, por exemplo.
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O autor Bruno Luperi enfrentou o desafio de atualizar a história em que a sexualidade de Jove (Jesuíta Barbosa) é questionada pelos peões. Heterossexual, o rapaz levanta suspeitas por renegar alguns símbolos de masculinidade.
Na novela, Tenório sugeriu que Jove fosse gay por não ter brigado com Alcides (Juliano Cazarré) durante uma discussão. “Aquele filho lá não é filho, é um castigo. Aquilo ali não passa de um flozô. Aquilo ali de macho não tem nada”, disparou o fazendeiro.
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Tenório ainda disse que, se Jove fosse de sua família, até afogaria o rapaz. Apesar de ser repreendido por Guta, o fazendeiro seguiu: “Não devia existir esse tipo de coisa. Homem tem que ser homem, mulher tem que ser mulher”.
Pantanal: Tenório ‘afoga’ filho gay e desperta gatilho em público (Reprodução)
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Guta, então, questionou o que o pai faria se ela fosse lésbica ou, se por acaso, tivesse outro filho que fosse homossexual. “Se Deus me desse esse desgosto, eu ia rezar para o diabo levar”, soltará Tenório.
Na web, a cena despertou gatilhos no público. “Fiquei muito desconfortável assistindo a esse capítulo de Pantanal. Eu sei que a novela fez questão de não ser conivente com a homofobia, mas eu não estava preparado para assistir com os meus pais. Ainda tenho muito gatilho”, escreveu um internauta.
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“Essa novela é cheia de gatilho, mas já amei a Guta falando LGBTQIA+ para a mãe”, disse outro. “Amando a novela, hoje tivemos o Jove jogando na cara que ser educado, frágil e sensível é coisa de homem, sim. Masculinidade tóxica não é ser homem de verdade. E Guta falando da homofobia, como ter filho gay, tocando na ferida da sociedade”, elogiou mais um.
Na primeira versão da novela, Guta (Luciene Adami) também questionou o que Tenório faria se ela fosse lésbica, mas usou o termo “sapatona”, com uma conotação muito negativa.