Notícia devastadora abala mulheres solteiras no Dia das Mães; entenda

Desigualdade salarial no Brasil: mães solo enfrentam um abismo maior

A situação para as mulheres brasileiras que são mães solo, em particular aquelas que cuidam dos filhos sem qualquer suporte, aparenta ser preocupante. Uma pesquisa recente realizada por Janaína Feijó, economista ligada à Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca um fato alarmante. Especificamente, o rendimento médio de uma mãe solo é aproximadamente 39% menor do que o de um homem casado.

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O Dia das Mães se aproxima, contudo, este grupo de mulheres apresenta menos motivos para comemorações. Na atual estrutura econômica, que já é desigual, onde as mulheres usualmente têm renda inferior aos homens, as mães solo enfrentam uma disparidade salarial ainda maior.

Informações recolhidas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) apontam diversos fatores que levam a essa diferença. O mais notável deles se relaciona à formação acadêmica, já que muitas dessas mulheres se tornam mães durante a adolescência, o que pode limitar suas oportunidades de educação e carreira.

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O estudo demonstra uma disparidade salarial ainda mais evidente quando se observam as mães solteiras que se autoidentificam como negras. Conforme a pesquisa, um homem casado e pai tem rendimento médio de R$ 3.438 mensais. Em contrapartida, uma mulher casada e mãe recebe em média R$ 2.626 mensais.

Maternidade sozinha é uma realidade de muitas mulheres (Foto: Reprodução/Internet)

Diferença salarial é ainda maior

Considerando as mães solo, a diferença se intensifica. A renda média mensal dessas mulheres é de R$ 2.105, representando uma diferença de R$ 521 em comparação aos homens casados. Esses dados ressaltam a crescente disparidade salarial entre homens casados e mães solo.

A pesquisa também faz uma comparação com os dados de 2019, antes da pandemia de Covid-19. Naquele momento, a diferença salarial era menor. As mães solo recebiam, em média, R$ 2.325, enquanto os homens casados recebiam R$ 3.493, uma diferença de 33,4%.

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O estudo ainda enfatiza as desigualdades salariais dentro do grupo de solteiras. A situação é mais crítica para as mães negras. Conforme a pesquisa, o salário de uma mãe solo negra é 20% menor do que o das outras mães solo.

Os dados se tornam mais desalentadores quando se analisa o salário médio de uma mulher negra que cuida dos filhos sozinha. Segundo a pesquisa, ela ganha, em média, R$ 1.685 mensais. Portanto, este estudo não só destaca a desigualdade salarial de gênero no Brasil, mas também as disparidades raciais que se acentuam quando se consideram as mães solo.