Natuza Nery conta sobre códigos usados e machismo na política nacional

29/08/2022 às 8h26

Por: Felipe Cicuti
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Natuza Nery conta sobre códigos usados e machismo na política nacional, Foto: Reprodução/Internet

Com uma longa trajetória no jornalismo, Natuza Nery recordou o começo da carreira em cobertura política. A apresentadora do Papo de Política declarou que existem códigos feitos no Congresso Nacional e analisou a presença de representantes mulheres lá. “Quando eu comecei no jornalismo, eu comecei direto no jornalismo político”, disse.

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“Eu detestei que me mandaram para o Congresso Nacional, porque eu gostava do exato e não do subjetivo. A política é muito subjetiva. Quando eu cheguei lá e comecei a me situar naquele salão verde e azul. O salão azul é o senado e salão verde é o carpete da câmara dos deputados. Eu lembro que um senador cochichou pro outro e eu precisava descobrir qual era o caminho que o partido ia seguir, se ia votar contra ou a favor de um projeto que eu já não lembro mais”, relatou Natuza Nery em participação no Altas Horas, apresentadora por Serginho Groisman, na Globo.

Natuza Nery relata momentos em que entendeu código usado na Câmara e Senado, Foto: Reprodução/Internet

Natuza Nery relata momentos em que entendeu código usado na Câmara e Senado, Foto: Reprodução/Internet

A jornalista contou que os políticos usaram um código ao fazer um sinal com a gravata. “E aí eles estavam usando código. E um jornalista veterano falou pra mim: ‘Repara. Isso aí que eles estão fazendo, ele está dizendo que vai orientar a favor, mas vai votar contra. Por isso que ele está alisando a gravata’. Aí eu falei: ‘Mas e se for mulher? Qual é o sinal?’”, detalhou Natuza Nery.

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“Foi ali que me caiu uma ficha poderosa: que, embora tivessem muitas jornalistas mulheres – não tenho estatística, mas tenho a impressão de que tem mais mulher cobrindo política do que homem -, os códigos políticos são todos masculinos até hoje. Eu vejo muita jornalista mulher cobrindo política, mas a política é um universo muito masculino e machista também, né? Porque uma coisa não está desassociada à outra. Um dia estará”, contou a jornalista sobre os momentos relembrados.

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