Acredite se quiser, mas comer pão e dirigir pode gerar multa de quase R$ 3 mil e suspensão da CNH; Entenda

Acredite se quiser, mas comer certos tipos de pães e ser parado por uma blitz ao volante, pode te gerar uma multa de aproximados R$ 3 mil reais. Acontece que uma pesquisa feita pelo grupo Proteste, recentemente, divulgou dados impressionantes sobre o consumo de pães de forma de grandes marcas.

Os referidos pães de forma, que são muito populares e vendidos em diversos supermercados espalhados por todo o país, ainda mais de marcas famosas como Pulmann, Visconti e Bauducco, apresentaram índices de álcool em suas fórmulas.

Pães de forma de marcas conhecidas tem teor alcoólico constatado em pesquisa (Foto: Reprodução/ Internet/ Freepik)

Os dados da pesquisa realizada pela Proteste, surpreendeu os consumidores de pães de formas destas marcas e até deixou os especialistas da área alimentícia chocados com os dados. Apesar da pequena taxa de álcool presente nas composições dos pães de forma destas marcas, isso pode afetar os níveis do bafômetro ao volante.

Sabemos que dirigir um veículo com níveis de álcool fora do limite estabelecido, podem gerar multas, apreensão veicular e até suspensão da carteira, dependendo do caso. O que preocupa ainda mais é que essas multas de trânsito por embriaguez constatada podem chegar a absurdos R$ 3 mil reais.

Os resultados divulgados na pesquisa apontam que esses pães de forma dessas marcas conhecidas, poderiam ser classificados como alimentos alcoólicos, mas não existe ainda tal classificação. Segundo dados da Proteste, a marca Visconti foi a que mais teve índicios alcoólicos encontrados, chegando a 3,37% na composição.

De acordo com a legislação brasileira, o mínimo permitido de álcool é de 0,5%, definindo como uma bebida alcoólica. Mas o álcool presente na composição dos pães de forma não é proposital. Isso se deve a um subproduto natural do processo de fermentação, que faz os pães crescerem. Vale destacar que, durante o cozimento, maior parte do álcool é evaporado.

Pães de forma de marcas conhecidas tem teor alcoólico constatado em pesquisa (Foto: Reprodução/ Internet/ Freepik)

Segundo a análise da pesquisa feita pela Proteste, foi identificado que estas marcas vem utilizando uma quantidade de antimofo alcoólico significativa, para garantir maior validade dos produtos, portanto, é quase impossivel que esse referido elemento suma até quando o consumidor o comprar para comer.

Aliás, os especialistas ainda alertam sobre a preocupação que essas quantidades de álcool, mesmo que mínimas nos pães de forma, possam causar em gestantes e crianças, considerados grupos vulneráveis. A apuração destaca que, comer apenas duas fatias desses pães poderiam ultrapassar os limites permitidos no sangue e em testes de bafometro, caso o consumidor esteja na direção.

De acordo com o artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir sob influência alcoólica é uma infração gravíssima. As sanções vão de multa e suspensão da habilitação por um período de 12 meses. A multa pode chegar a R$ 2.934,70. Já segundo o artigo 306 do CTB, dependendo dos casos, dirigir embriagado pode ser classificado como crime de trânsito.

Direção com níveis de álcool acima do permitido geram multas de quase R$ 3 mil e suspensão da CNH, de acordo com o CTB (Foto: Reprodução/ Internet/ Freepik)

A pesquisa da Proteste ainda divulgou um ranking, em 10 posições, diante dos níveis de álcool encontrados na composição dos pães de forma, divulgando a marca e as taxas encontradas:

1. Visconti – 3,37;

2. Bauducco – 1,17;

3. Wickbold 5 zeros – 0,89;

4. Wickbold SG – 0,66;

5. Wickbold Leve – 0,52;

6. Seven Boys – 0,50;

7. Wickbold – 0,35;

8. Panco – 0,51;

9. Plus Vita – 0,16;

10. Pulmann – 0,05.

O que as marcas de pães alegaram sobre o álcool na composição?

A Pandurata Alimentos, que é responsável pelos produtos da Bauducco e Visconti, responderam aos resultados das pesquisas da Proteste e divulgadas no portal G1, onde reforçaram o compromisso da empresa com padrões elevados de produção, seguindo todas regulamentações vigentes necessárias além de alegarem possuir certificações que as colocam como referência na indústria alimentícia.