MC Boco do Borel é assassinado a tiros durante show em Ipojuca

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Familiares e artistas de MC Boco do Borel lamentaram a morte precoce do cantor de brega funk, que foi assassinado friamente a tiros na madrugada deste domingo (26), em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. O cantor foi baleado quando estava no palco, durante um show no Aconchego Bar, em Serrambi.

Ele tinha apenas 34 anos, era casado e deixou quatro filhos. O velório acontece às 19h, para parentes e amigos mais próximos, e às 10h da segunda-feira (27) para os fãs, no Cemitério de Santo Amaro, no Centro da cidade. O sepultamento ocorre às 11h.

O corpo de Boco foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro do Recife. Uma equipe da TV Globo foi até o local para tentar falar com a família, que preferiu não conceder entrevista.

MC Sheldon prestou sua última homenagem

O MC Sheldon começou sua carreira junto com Boco no ano de 2007, e formou uma dupla com ele até 2014, quando decidiram seguir carreira solo e a amizade foi estremecida.

“Eu e o Boco tivemos uma história linda de irmandade. A gente, juntos, superou preconceito, a gente superou os obstáculos da vida durante uma geração e é até meio estranho para mim falar dessa forma. O Boco se foi, não está mais aqui entre nós e o que me deixa mais triste ainda é que eu não pude dizer o quanto eu amava ele, o quanto eu sentia muito por eu e ele não se falar”, iniciou.

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“A gente não se falava mas se amava, sabe. Por um motivo bobo. O real motivo, para vocês estarem cientes, é que rolou meu DVD […] ‘Com amor, Sheldon’, um DVD romântico, e Boco não tinha nada a ver com romantismo, vocês sabem. E daí ele não foi convidado para o meu DVD romântico e daí ficou com essa intriga boba, e a gente orgulhoso um com o outro, terminou perdendo tempo e não se falou e eu não o vi, não abracei, não pedi perdão”, finalizou ele.

A esposa do cantor fez um apelo em suas redes sociais

A esposa do rapaz, Alynne Cristina, escreveu uma mensagem em que pedia que as pessoas não associassem a morte do MC com a recente prisão por tráfico de drogas.

“Ele não era traficante, bandido e muito menos envolvido com nada! Apenas um cantor que se dava de bem com todos tipos de pessoas […]. Boco era um profissional, não devia, entrava e saia em qualquer lugar. Se contratassem, ele estaria ali cumprindo com a obrigação e trabalho dele. Até porque, se devesse, minha gente, como que um cara iria ter uma profissão de cantor, sabendo que teria que entrar em vários locais para fazer shows? Foi uma covardia, a verdade foi essa”, concluiu a esposa a esposa.