Léo Lins diz que continuará com humor negro após saída do SBT: “Censores”
07/07/2022 às 9h50
O humorista Léo Lins publicou um vídeo nesta quarta-feira (6), no qual fala sobre a polêmica que envolve sua saída do SBT. Sem dizer o nome da emissora, ele reclama da “vigilância” constante que os força a submissão. Segundo ele, algumas acusações se tornaram comuns. “Agora temos censores e um sistema de vigilância, forçando-nos a nos conformar e solicitando a nossa submissão. ‘Autismo’ não é adjetivo, ‘humor negro’ é racismo, ‘gordofobia é crime’, ‘capacitista’, ‘racista’, ‘fascista’”, declarou.
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Logo em seguida, Léo Lins garantiu que não deixará de usar termos delicados e continua apostando no “humor negro” como subgênero do humor. Ele ainda relata que essa é uma maneira de lidar com temas sensíveis: “Forçar uma mudança por meio do medo da punição não é o caminho. Eu vou continuar fazendo humor negro, um subgênero do humor, que lida com temas sensíveis. Se eu mudo o nome desse gênero para evitar tensão, eu estou indo contra a essência básica desse gênero do humor”.
Léo Lins segue sua fala de modo sarcástico, quando compara feministas a animais. Seu discurso continua o mesmo; não pretende parar de falar sobre temas delicados da sociedade. “Vou continuar usando a palavra ‘autismo’. Não de forma pejorativa, isso eu nunca fiz. Vou continuar fazendo piadas de gorda, magra, orelhuda, cabeçuda, de negro, branco, de gays, héteros. E até de animais, cachorros, gatos, feministas”, satiriza.
Apesar do vídeo publicado estar aberto e disponível em uma rede social, o humorista garante que não faz provocações assim “no meio da rua”. De acordo com ele, isso sim seria grosseiro. “Não no meio da rua. Isso seria extremamente grosseiro, inaceitável. Afinal, o ponto de ônibus não é um palco de stand-up. Mas, eu sei que vão tirando piadas de contexto, manipulando informações e criando regras sem sentido”, disse.
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O texto de Léo Lins continua falando a respeito de palavras que, segundo ele, são censuradas, como “autista” ou “gorda”. De acordo com o comediante, seu trabalho é uma ferramenta para “furar bolhas” e “estourar o mundo de fadas” em que as pessoas vivem atualmente. “O problema não está nas palavras, tampouco nas piadas (…). O mundo de hoje é feito de bolhas e piadas são agulhas. Então, elas devem ser extintas? A agulha pode estourar o seu mundo de fadas e a proteção da sua frágil bolha, mas também é por meio delas que anticorpos podem ser introduzidos no seu corpo e torná-lo mais forte e resistente”, finaliza.