Iza mostra seu posicionamento e conta que não seria hipócrita

05/08/2021 às 7h10

Por: Thalia Alencar
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Cantora Iza

A cantora Iza desabafou sobre a importância de se posicionar em assuntos político e sociais, seja em suas músicas ou na internet. “A música, para mim, não é só para realizar meus sonhos e pagar minhas contas. Meu microfone é uma arma poderosa para informar e educar”, contou ela à Folha de S. Paulo.

“Minha existência como mulher negra, da periferia, foi exatamente o que me fez entrar na indústria, porque eu queria me ver nos lugares, queria mudar o cenário”, continuou Iza, que disse que seria hipocrisia não usar o espaço que ganhou para se posicionar.

Cantora Iza

Cantora Iza (Foto: Reprodução)

Iza também contou que sua mãe sempre foi exemplo para que ela tivesse essa consciência: “Meu lugar era onde eu quisesse estar e eu quero que todas as meninas negras periféricas entendam isso também”.

“Falo de racismo porque é necessário”, afirmou Iza. “Falo de racismo porque é injusto, porque pessoas morrem por isso. Seria hipócrita da minha parte viver tudo o que eu vivi e não falar sobre isso, não usar meu espaço para discutir esses temas”, completou.

No começo do mês Iza contou para o jornalista Leo Dias, do Metrópoles, que passa a mensagem sobre o apoio entre os negros na internet, com a intenção aumentar a influência e representatividade:

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“É importante as pessoas falarem sobre isso, mas consumam também! Os artistas negros, as mulheres incríveis da moda. Acho que existem formas de fomentar, não só ‘militando’ na internet”.

Continuando nessa conversa, Iza afirmou que o país ainda tem muito a evoluir na questão de diminuir a discriminação pela cor do povo: “O Brasil é tão racista que a gente não consegue nem dividir isso em questões sociais ou econômicas, porque todas essas coisas nos atingem de todas as formas”.

A cantora lembrou que já foi seguida nas lojas e pontuou que o fato dela ser famosa e bem sucedida, acabou impedindo certos tipos de constrangimentos que já sofreu no passado:

“Você ser famosa, ser reconhecida, estar vestida de tal forma, inibe essas coisas. Eu era seguida nas lojas. Isso faz parte das nossas vidas! Quantas vezes minha mãe me pedia para não andar com fone na rua, não andar com capuz, sair correndo ou guardar o guarda-chuva na mochila”.

Autor(a):

Tenho 24 anos e sou estudante de Relações Públicas. A paixão pelo mundo da teledramaturgia vem desde criança e meu objetivo é informar com clareza.

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