Pedido de recuperação judicial está em processo na Justiça
Grupo Petrópolis, que é dono da marca Itaipava, está temendo que os seus credores acionem a Justiça questionando os motivos pelos quais o pedido de recuperação judicial foi apresentado no Rio de Janeiro, já que a sede da cervejaria, que é a terceira maior do país, fica em Boituva, São Paulo.
Em meados do mês passado, a 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido e um plano de recuperação deve ser apresentado em um período de até 60 dias. O grupo está alegando que o seu fluxo de caixa foi comprometido “a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento do pedido de recuperação judicial”.
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Walter Faria, que é proprietário da companhia, está temendo que a Justiça autorize a transferência do julgamento para São Paulo. Os credores bancários alegam que a presidência do grupo e nove das 31 empresas que compõe estão no município de Boituva.
A boa notícia é que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou a solicitação feita pelos credores. “Não faz sentido, após os diversos atos praticados no processo no primeiro grau, conceder efeito suspensivo para paralisar o andamento do feito, pondo em risco a própria recuperação, sem que seja concedida oportunidade ao grupo recuperando de se manifestar a respeito”, justificou o desembargador Marcos Alcino de Azevedo Torres.
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Na decisão, ele pontua que não vê problema na nomeação de dois auxiliares do juízo como administradores judiciais, especialmente no que diz respeito às 31 empresas que compõem o grupo.
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Em sua petição, o grupo Petrópolis alega que enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses, em decorrência da redução de sua receita. Atualmente as dívidas da empresa somam 4,2 bilhões, sendo 48% delas financeiras e outros 52% com fornecedores e terceiros.
Semana passada, foi concedida pela Justiça, uma tutela cautelar de urgência para liberar recursos da companhia no Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. As instituições tentaram reter o dinheiro por conta da indicação de insolvência.
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Grupo Petrópolis está em processo de pedido de recuperação judicial (Imagem: Reprodução)