Saiba como aumentar sua aposentadoria do INSS em 2025 e descubra os passos legais para conseguir aumentar o valor do benefício
Em 2025, o piso previdenciário foi fixado em R$ 1.518, valor que representa o benefício de cerca de 70% dos aposentados brasileiros, em sua maioria idosos, conforme dados oficiais do INSS.
Embora essa quantia seja tratada como padrão, ela não é o único caminho possível. Existem estratégias legais e eficazes que permitem ao segurado elevar sua aposentadoria significativamente.
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Inclusive, muitos deles deixam de receber valores maiores por desconhecimento ou por erros na concessão.
Sendo assim, a partir de informações do Abla Advogados e Portal GOV, a equipe especializada em direitos previdenciários do Hora do Benefício elenca a seguir um guia detalhado com 12 ações concretas os quais estão fazendo com que idosos e demais segurados aumentem o valor do benefício.
1. Revise o extrato do CNIS
Primeiramente, você deve acessar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), disponível no site ou aplicativo Meu INSS.
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Nessa documentação, você consegue reunir todos os vínculos empregatícios e contribuições registradas ao longo da vida laboral.
MAS ATENÇÃO! Alguns empregos antigos podem não constar como trabalhos informais, atividades como menor aprendiz ou serviço militar.
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Portanto, verifique:
- Os períodos de contribuição ausentes;
- Salários registrados abaixo do real;
- Empregos não reconhecidos.
E não se preocupe! Afinal de contas, é possível solicitar a correção e incluir esses dados com documentos comprobatórios, como:
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- Carteira de trabalho;
- Contratos;
- Guias de recolhimento.
2. Inclua vínculos informais comprovados
O trabalhador pode reconhecer atividades sem carteira assinada como tempo de contribuição, desde que comprove a atuação. Isso inclui:
- Trabalho autônomo;
- Diaristas;
- Vendedores ambulantes;
- Prestadores de serviço sem contrato formal.
Recibos, declarações de clientes, documentos fiscais ou testemunhas comprovam os fatos.
O reconhecimento pode ser feito administrativamente ou via judicial.
3. Apresente resultados de ações trabalhistas
Se você venceu alguma ação na Justiça do Trabalho, é possível incluir os efeitos dessa decisão na aposentadoria.
Muitas vezes, o INSS pode deixar passar batido informações como:
- Reconhecimento de vínculo empregatício;
- Acordos salariais retroativos;
- Adicionais de periculosidade ou insalubridade;
- Recolhimentos de FGTS e INSS reconhecidos judicialmente.
Ou seja, a inclusão dessas sentenças pode aumentar o tempo total e a média salarial, impactando diretamente o valor da aposentadoria.
4. Corrija contribuições de empregos simultâneos
Quem teve dois ou mais empregos ao mesmo tempo pode ter tido suas contribuições computadas de forma incorreta.
Isso porque o INSS, em alguns casos, soma apenas parte dos salários, ainda mais entre profissões como:
- Professores com duplo vínculo;
- Médicos que atuam em hospitais diferentes;
- Profissionais liberais com registros simultâneos.
No entanto, é possível solicitar a soma correta dos salários para que a média de contribuição reflita o valor real arrecadado.
5. Reconheça tempo especial de atividades insalubres ou perigosas
Trabalhadores expostos a agentes nocivos podem converter esse tempo em tempo comum com acréscimo:
- Homens: acréscimo de 40%
- Mulheres: acréscimo de 20%
Além disso, esse tempo especial pode afastar a incidência do fator previdenciário, aumentando o valor final do benefício.
A solicitação exige documentos como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e laudos técnicos.
6. Inclua período de serviço militar e menor aprendiz
O tempo de serviço militar obrigatório e o trabalho como menor aprendiz são considerados para fins de tempo de contribuição, desde que devidamente comprovados.
Se esses períodos não aparecem no CNIS, é possível pedir a inclusão mediante apresentação dos documentos correspondentes.
7. Recolha contribuições atrasadas do INSS
Quem trabalhou como autônomo e não contribuiu na época pode realizar o pagamento retroativo.
Para os últimos cinco anos, basta recolher as contribuições com os códigos corretos. Para períodos mais antigos, será necessário comprovar a atividade exercida.
Esse recolhimento pode aumentar tanto o tempo quanto a média de contribuições, refletindo diretamente no valor do benefício.
8. Exclua contribuições muito baixas do cálculo
Muitos não sabem, mas a legislação permite que o segurado exclua do cálculo os salários mais baixos, especialmente aqueles registrados no início da carreira, desde que o tempo mínimo de contribuição seja mantido.
Ao eliminar essas contribuições reduzidas, a média final de cálculo do benefício sobe, o que resulta em uma aposentadoria maior.
MAS ATENÇÃO! Embora seja uma ferramenta poderosa, ela só se aplica para quem começou a contribuir antes da Reforma da Previdência (13/11/2019) e tem mais contribuições do que o mínimo exigido.
Após esse período, o INSS calcula a média considerando todas as contribuições feitas após a reforma, sem descartar nenhuma.
No entanto, nesses casos, o recomendado é procurar um especialista, o qual pode analisar a viabilidade.
9. Escolha o melhor momento para aposentar pelo INSS
Embora a ansiedade de se aposentar seja compreensível, principalmente quando estamos para aposentar, o tempo ideal para solicitar o benefício varia conforme as regras de transição e a pontuação de cada trabalhador.
Afinal de contas, em muitos casos, esperar alguns meses pode resultar em um aumento considerável no valor da aposentadoria.
Portanto, o recomendável é utilizar o simulador do Meu INSS para verificar diferentes cenários de cálculo antes de formalizar o pedido.
10. Solicite a revisão do benefício:
Se você já recebe aposentadoria, ainda pode solicitar a revisão do benefício, desde que esteja dentro do prazo de dez anos a partir da concessão. Isso pode ser feito em casos de:
- Omissão de vínculos;
- Contribuições ignoradas;
- Tempo especial não reconhecido;
- Cálculo incorreto da média.
A revisão pode ser solicitada administrativamente ou por via judicial, com base em provas documentais.
11. Use e abuse do MEU INSS
A plataforma digital do INSS permite acesso a serviços importantes:
- Consulta de extratos;
- Andamento de pedidos;
- Simuladores de aposentadoria;
- Requerimentos de revisão ou inclusão de tempo.
Ou seja, utilizar o sistema com frequência ajuda a detectar inconsistências e acompanhar os procedimentos com transparência.
12. Conte com ajuda especializada
A legislação previdenciária brasileira é complexa e sujeita a alterações frequentes.
Neste contexto, contar com o apoio de um advogado previdenciário ou contador especializado é essencial para identificar erros, orientar sobre ações cabíveis e evitar perdas financeiras significativas.
Mesmo porque, se houver qualquer erro de cálculo, o mais prejudicado no final das contas pode ser você.
Assim, um profissional consegue te encaminhar para a melhor solução dentro da sua realidade.
Conclusão
Elevar o valor da aposentadoria é possível e está ao alcance de qualquer trabalhador que conheça seus direitos e atue com estratégia.
A revisão de dados no CNIS, a inclusão de vínculos esquecidos, o reconhecimento de tempo especial e o planejamento adequado do pedido de aposentadoria são ferramentas fundamentais para fugir do piso previdenciário e conquistar uma renda mais compatível com sua trajetória profissional.
Mas, se quiser saber mais sobre as informações do INSS e seus benefícios, clique aqui. *