Humberto Carrão revela como foi interpretar Caco Barcellos: “Muito complexo, muito triste”
22/09/2022 às 16h56
O livro Rota 66, publicando em 1992, estreará como série no Globoplay nesta quinta-feira (22). Na produção, Humberto Carrão foi escolhido para viver o apresentador do Profissão Repórter, Caco Barcellos, e relatou a dificuldade para atuar como jornalista. A obra feito pelo comunicador tratava da morte de três jovens em São Paulo. “A maior dificuldade é o fato do Caco não ser um personagem do livro”, detalhou.
Gafe na CNN! Âncora cai na risada com transmissão ao vivo do SBT por engano
“Tiveram muitos momentos de conversa do Caco com os roteiristas, diretor, produtor, para que pudesse entender mais sobre a vida dele, para que algumas pequenas notas da vida dele pudessem ser amplificadas e virassem questões do personagem. Tem uma questão na série muito importante, que ele tem muita dificuldade de achar um sobrevivente, porque se trata de uma perseguição aos jovens negros e o personagem chega na cena um pouco depois de ter acontecido”, afirmou o ator Humberto Carrão.
O artista conviveu com uma realidade muito singular enquanto no trabalho de campo. “É muito complexo, muito triste, muito violento. Enquanto o Caco entrevistava uma mãe, eu ouvi comentários de que houve Tróia, uma prática inconstitucional na qual o policial se esconde na mata ou em uma casa e espera o jovem passar. Os dois jovens foram presos, não foram mortos, mas estavam com projéteis no chão. As mães estavam desesperadas”, relatou Humberto Carrão.
Mar do Sertão: Manduca perde a cabeça novamente em barraco de família e some pela terceira vez
LEIA TAMBÉM:
● Conheça o Aplicativo de Celular que faz Simulação de como você ficaria de Barba
● Atenção: A importância de saber o que significa cada Luz Acesa no Painel do seu Carro
● AUGE E QUEDA: Falência de grande rede de SUPERMERCADOS; portas FECHADAS de 149 lojas e DEMISSÃO em massa
“Foram horas de Caco Barcellos, eu enchi ele de perguntas. Eu quis saber quais os livros que eles estavam lendo e fui atrás para entender o que passava na cabeça dele, eu percebi a maneira como ele segurava o microfone, tinha essa coisa do olhar e da respiração. Foi tudo muito importante para o personagem e para mim como cidadão. Eu quis me aproximar muito do Caco”, finalizou Humberto Carrão.