Guilherme de Pádua chegou a agredir Fábio Assunção antes de cometer crime
28/07/2022 às 22h40
Antes de ter confessado ser o assassino de Daniella Perez (1970-1992), Guilherme de Pádua já tinha a fama de arrumar confusões e desentendimentos com as pessoas a sua volta. Em meio a depoimentos presentes na série documental Pacto Brutal, da HBO Max, diversos artistas e profissionais do teatro contaram histórias controversas nas quais o criminoso esteve envolvido como, por exemplo, um caso de agressão envolvendo o ator Fábio Assunção.
Raul Gazolla impediu plano para que Guilherme de Pádua fosse assassinado
Diante do documentário a respeito da morte da filha de Gloria Perez, o ator Maurício Mattar chegou a relatar que Guilherme de Pádua era um rapaz um pouco agressivo em suas atitudes, além de dizer coisas consideravelmente estranhas e medonhas.
Durante a peça teatral Blue Jeans, dirigida por Wolf Maya, Pádua fazia o papel de um policial. “Ele me prendia, tinha que me bater, mas era ensaio. E ele me deu um soco em cena. Foi na minha garganta, aquilo deu uma discussão enorme. Achei até que ia ficar com algum problema de voz”, revelou Fábio Assunção a respeito da atitude agressiva e inesperada de Guilherme de Pádua naquele momento.
Já um dos produtores da peça, Marcus Montenegro recordou uma história para lá de amedrontadora que aconteceu nos bastidores da obra:
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“Onde tinha discussão, Guilherme estava envolvido. Numa cena de morte, ele quis fazer uma manobra diferente e machucou um ator em cena. Teve um dia que teve um acidente com um canivete com outro ator, foi ele que fez o acidente. O contrarregra comprava uns dez canivetes, e uma das minhas maiores preocupações era o contrarregra tirar o fio do canivete. Até que o Guilherme se ofereceu para ajudar o contrarregra. A gente descobriu que de um dos canivetes não foi tirado o fio”.
Após conseguir um lugar no elenco na novela De Corpo e Alma, em dezembro de 1992, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, sua então esposa, assassinaram Daniella Perez, que fazia par romântico com o criminoso na trama, com 18 punhaladas. A partir disso, o ex-ator acabou sendo condenado por homicídio doloso com motivo torpe e ficou seis anos preso, recebendo sua liberdade em 1999. Atualmente, Pádua se transformou em pastor evangélico e apoiador ferrenho do presidente Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com os relatos da série documental, Guilherme se encontrava infeliz com os rumos que seu personagem estava tomando no folhetim, passando a ter menos cenas presentes na obra.
Autor(a):
Flavia Fasanella
Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.