O governo tem feito esforços para propor acordos que encerrem a greve dos servidores do INSS, mas até agora não houve aceitação.
A paralisação dos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vem causando um impacto considerável no atendimento à população brasileira, prejudicando principalmente aqueles que dependem dos serviços de previdência.
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Iniciada há mais de um mês, a greve expressa o descontentamento dos servidores com as condições de trabalho e a ausência de reajustes salariais satisfatórios nos últimos anos. Com a intensificação do impasse e a rejeição das propostas do governo, a greve persiste, resultando no aumento das filas e na demora dos serviços fundamentais oferecidos pelo INSS.
Greve dos servidores do INSS
Os funcionários do INSS propuseram uma greve devido à insatisfação com as condições de salário e ao não reconhecimento das suas demandas profissionais. Eles reivindicam a implementação do acordo de 2022, que incluía um aumento salarial de 33% para compensar as perdas dos últimos anos sem reajustes.
Adicionalmente, reivindicam que o posto de técnico do seguro social exija formação de nível superior e que seja reconhecido como carreira estratégica, o que proporcionaria mais benefícios e valorização. A ausência de negociações e a impressão de que o governo não atenderia a essas exigências intensificaram a greve, afetando seriamente o serviço ao público em todo o país.
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O governo federal, através do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), tentou pôr fim à greve dos servidores do INSS apresentando duas propostas. A primeira proposta propunha a incorporação da Gratificação de Atividade Executiva (GAE) ao salário base, o que poderia resultar em um aumento acumulado superior a 30%, variando conforme o nível do servidor.
A segunda, que também sugeriu a incorporação de gratificações e reajustes, foi considerada pela categoria como menos benéfica tanto financeira quanto estruturalmente.
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As propostas foram recusadas pelos servidores, que as viram como insuficientes para atender suas principais reivindicações, tais como o reconhecimento do cargo de técnico como uma carreira estratégica e um aumento substancial no salário base.
A indisposição do governo para negociar questões não financeiras, mas de alta prioridade para os servidores, como a exigência de formação de nível superior, também foi um fator para a continuação da greve.
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A greve do INSS ainda não tem uma data prevista para terminar. As negociações continuam em impasse, com as propostas do governo sendo rejeitadas, o que pode prolongar a paralisação e complicar ainda mais os serviços previdenciários no país.
Desde o início da greve, houve um aumento de 112% na fila de espera por aposentadoria, atingindo 1,5 milhão de pedidos em aberto. Adicionalmente, foram reagendados mais de 4 mil exames presenciais e cerca de 100 mil pessoas não foram atendidas nas agências da Previdência Social.
O futuro da greve está nas mãos das próximas medidas do governo e na vontade dos servidores de chegar a um acordo que satisfaça suas demandas. Por enquanto, recomenda-se que os cidadãos recorram a alternativas como o aplicativo Meu INSS ou a central de atendimento 135 para reduzir os transtornos causados pela greve.