Golpe do PIX continua fazendo vítimas! Saiba como se proteger e não perder seu dinheiro
07/09/2024 às 22h00
O golpe do ‘Pix errado’ já enganou muitos brasileiros. Aprenda agora como se proteger e evitar perder dinheiro com transferências falsas
O golpe do “Pix errado” tem sido cada vez mais comum no Brasil, explorando a popularidade do sistema de pagamentos instantâneos. Os golpistas aproveitam a rapidez e facilidade do Pix para enganar as vítimas, simulando transferências feitas por engano e pedindo a devolução do valor enviado. Para que as pessoas não caiam nesse tipo de armadilha, é importante compreender como o golpe funciona, além de adotar medidas preventivas e saber como proceder caso seja vítima.
Como funciona o golpe do “PIX errado”?
O golpe do “Pix errado” ocorre quando criminosos enviam uma quantia para a conta de uma pessoa e, em seguida, entram em contato solicitando a devolução do valor, alegando que o envio foi feito por engano. Esse contato geralmente é feito por mensagem ou ligação, e o golpista, de maneira persuasiva, pede que o dinheiro seja transferido para outra conta, diferente da original.
Além disso, em muitos casos, os golpistas acionam o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central, o que pode levar ao bloqueio dos valores na conta da vítima. Dessa forma, a pessoa pode perder o valor duas vezes: ao devolver o montante solicitado e com o bloqueio gerado pelo MED.
Etapas do golpe
O golpe segue uma sequência estratégica, que pode confundir até os usuários mais experientes. Primeiro, o criminoso obtém os dados da vítima, como CPF ou número de telefone, para realizar a transferência inicial. Em seguida, ele entra em contato para notificar que a quantia foi enviada por engano e pede que o valor seja devolvido, mas para uma conta diferente da original.
Nesse momento, o golpista aciona o MED, alegando que foi prejudicado, e consegue o bloqueio dos valores na conta da vítima, que já terá realizado uma nova transferência. Isso duplica o prejuízo, uma vez que a pessoa pode não só devolver o valor solicitado, mas também ter seu saldo congelado devido ao mecanismo de devolução.
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Como se proteger do golpe do PIX
Estar atento é a melhor maneira de evitar cair em golpes. Existem diversas formas de se proteger e garantir que as transações feitas via Pix sejam seguras.
- Verifique a origem do valor: Se houver uma transferência não esperada, acesse o aplicativo do seu banco e verifique no histórico de transações se o valor realmente foi creditado em sua conta.
- Utilize a função de devolução do Pix: Caso seja comprovado que o dinheiro foi transferido por engano, utilize a função correta de devolução dentro do aplicativo do banco. Essa opção, normalmente chamada de “devolver dinheiro” ou “reembolso”, garante que o valor será enviado à conta correta, evitando fraudes.
- Nunca faça uma nova transferência: A segurança do sistema Pix depende do uso correto de suas funcionalidades. Por isso, evite realizar uma nova transferência. Utilize sempre a ferramenta específica de devolução para garantir que os valores sejam devolvidos de forma segura.
- Cuidado com contatos de desconhecidos: Sempre desconfie de ligações ou mensagens de pessoas que você não conhece solicitando a devolução de valores. Não forneça informações pessoais e verifique a procedência do contato antes de tomar qualquer atitude.
O que fazer se já caiu no golpe?
Caso você já tenha sido vítima do golpe do Pix errado, é essencial tomar providências imediatas para tentar recuperar o valor.
- Notifique seu banco: Entre em contato com a sua instituição financeira o mais rápido possível. O Banco Central permite que você registre uma notificação em até 80 dias após a transação. O banco analisará o caso e determinará se ele se enquadra nas situações cobertas pelo Mecanismo Especial de Devolução (MED).
- Como funciona o MED: Se o banco identificar que se trata de uma fraude, os valores podem ser bloqueados na conta do golpista. Esse processo pode levar até 7 dias, e, se comprovada a fraude, o valor será devolvido em até 96 horas. Caso não haja saldo suficiente na conta do criminoso, o banco poderá monitorar a situação por até 90 dias, realizando devoluções parciais conforme houver saldo disponível.
- Procure apoio legal: Caso o banco não consiga resolver o problema, é possível buscar ajuda em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou a plataforma Consumidor.gov.br. Se necessário, acione a Justiça. É importante guardar todos os registros de comunicação e tentativas de resolução do problema.
O que é o Mecanismo Especial de Devolução?
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado pelo Banco Central para ajudar a recuperar valores perdidos em fraudes envolvendo o Pix. Quando há indícios de irregularidades em uma transação, as instituições financeiras podem acionar o MED para bloquear os valores na conta do destinatário, revertendo a operação fraudulenta. No entanto, é importante destacar que o MED não se aplica a casos onde o erro foi cometido pelo próprio usuário, como em situações em que o Pix foi enviado para a conta errada sem a participação de golpistas.
Quando o MED pode ser acionado?
O MED pode ser utilizado em casos de fraude comprovada ou problemas operacionais no sistema Pix, como duplicidade de transações. Entretanto, quando o erro é causado pelo próprio usuário, a solução depende do banco, que pode orientar sobre como proceder. O uso do MED é limitado a situações de fraude e falhas operacionais, não abrangendo situações de erro humano.
Autor(a):
Hudson William
Redator do Aaron Tura TV. Especialista em redação sobre benefícios sociais, finanças e direitos do trabalhador. Escrevo sobre notícias há muitos anos com passagens, inclusive, por outros portais como TV Foco. Meu objetivo é informar com precisão e clareza.