Gênesis: nem a Record sabe explicar o sucesso da novela bíblica
22/11/2021 às 8h08
Gênesis chega ao fim nesta segunda-feira (22). Com 220 capítulos e 9 meses de exibição, a novela foi um sucesso acidental, a própria Record não sabe explicar o porquê do folhetim ter dado tão certo.
Uma tempestade perfeita é responsável pela boa audiência, possibilitando a estreia de uma trama inédito durante a pandemia de Covid-19, colocando a novela à frente da segunda parte de Amor de Mãe (2019), da Globo. Graças ao SBT, que não se mobilizou para gravar Poliana Moça, Gênesis não teve concorrência por praticamente três meses.
A Record já produzia Gênesis há quase dois anos, graças a sua própria desorganização. Com muitas interferências da Igreja Universal, Emilio Boechat deixou o projeto, insatisfeito. Camilo Pellegrini assumiu a autoria do projeto ao lado de Stephanie Ribeiro e Raphaela Castro, ligadas à instituição religiosa.
LEIA TAMBÉM:
● Veja suas novelas preferidas pelo celular
● Conheça as melhores tendências de 2024 de cortes de cabelo para cacheadas e crespas
● Atenção: Não use mais esses 5 penteados para não ficar fora da moda e ficar com aparência ultrapassada
O jardim do Éden, o dilúvio e a destruição da torre de Babel chamaram atenção dos telespectadores de Gênesis pelo cuidado estético e efeitos especiais. A arca de Noé (Oscar Magrini) rendeu 17,4 pontos na Grande São Paulo. Quando a produção deixou de ser tratada como série e passou a ser uma telenovela, em Ur dos Caldeus, ela perdeu público, mas em Abraão (Zécarlos Machado), compensou.
Gênesis coleciona escorregões no decorrer das sete fases, principalmente ao abordar temas polêmicos como machismo e Ditadura Militar (1964-1985). Além de reduzir os conflitos no Oriente Médio à briga de Isaque (Henri Pagnoncelli) e Ismael (Anselmo Vasconcellos), amenizou cenas de violência doméstica e incesto. Fora uma quantidade infinita de cenas constrangedoras e desnecessárias.
O folhetim foi desatento tanto no texto quanto nos bastidores. A Record quase perdeu a frente de episódios que tinha de vantagem sobre a concorrência não se planejando para a segunda onda de Covid-19. Mesmo com protesto dos atores, a emissora se arriscou para não interromper a narrativa.
Autor(a):
Beatriz Castro
Tenho 33 anos e sou formada em Produção Multimídia. Sempre fui uma apaixonada por leitura, escrita e televisão. Adoro trazer informações sobre o mundo das celebridades.