Financiamento imobiliário com FGTS pode ficar mais caro ainda este ano; saiba os detalhes

Financiamento com FGTS deve ficar mais caro

Usar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para fazer o financiamento do imóvel pode acabar ficando mais caro para os brasileiros. Acontece que devido a uma proposta realizada pelo Conselho Curador do FGTS, no dia 26 de março, os financiamentos mobiliários pela linha Pró-cotista (Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS) vão poder pesar mais para os trabalhadores.

O intuito do conselho acaba sendo aumentar as taxas de juros para quem utilizar o FGTS como medida de crédito, visando assim garantir os recursos para a construção de novos imóveis. A linha pró-cotista, vale dizer, é direcionada para trabalhadores de classe média.

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Assim, nessa linha, 70% das unidades já estão sendo usadas, conforme divulgado por um levantamento da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

O pró-cotista acaba sendo usado para os financiamentos de imóveis acima de meio milhão de reais, ofertados para titulares com contas vinculadas ao FGTS. Com ele, é possível financiar até 80% do valor de avaliação do imóvel, contando com as taxas mais baratas do mercado.

Atualmente o pró-cotista perde apenas para as taxa que são cobradas no Minha Casa, Minha Vida. Assim, os imóveis avaliados em até 350 mil contam com taxa de 7,66% ao ano. Já para os acima de 350 mil, a taxa é de 8,16% ao ano.

A proposta é de que o pró-cotista financie o imóvel usado com correção atrelada ao rendimento da poupança, estabelecida atualmente em cerca de 10% ao ano.

“Queremos igualar os juros para o cliente escolher de onde quer tirar o dinheiro [poupança ou FGTS]”, esclareceu o presidente da Cbic, Renato Correia.

De acordo com ele, o objetivo é que o imóvel usado passe a ocupar 10% da aplicação do FGTS. Por conta da alta da Selic, houve a redução na captação de recursos da poupança. No ano de 2023, o uso chegou a ser de 38%.

Com a revisão do FGTS, que acaba questionando a constitucionalidade do uso da Taxa Referencial para a correção dos valores depositados nas contas e está em discussão no STF, sem data para ser julgada. Essa semana, o presidente Lula acabou sugerindo que os valores do FGTS fossem corrigidos pelo menos conforme a inflação. Assim, a possível mudança na correção do saldo do FGTS tem gerado preocupação no mercado imobiliário.

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“Estamos preocupados com a possibilidade da falta de recursos [do FGTS], talvez não chegue ao fim do ano. Esse é um ponto que afeta diretamente a geração de emprego”, explicou Correia.

Para finalizar, o setor da construção civil solicita que o governo diminua os subsídios ofertados e a oferta de crédito para a compra de imóveis usados, principalmente no programa Minha Casa, Minha Vida.

FGTS para fundos imobiliário (Imagem Reprodução Internet)