‘Rejeitados’, filhos de Cid Moreira entram com ação de interdição do pai e prisão da madrasta
20/07/2021 às 19h17
Após ser publicada a denúncia de abandono afetivo, os filhos de Cid Moreira, de 93 anos, se juntaram para ir à Justiça contra o pai. Nesta terça-feira (20), Rodrigo Radenzev Simões Moreira, 52, e Roger Moreira, 45, entraram com uma ação de interdição no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Eles também chegaram a abrir um inquérito contra Fátima Sampaio, 58, esposa de Cid, no Ministério Público do Rio de Janeiro, com pedido de prisão provisória. Eles estão acusando a madrasta de transferir os bens do veterano para o nome dela.
Segundo o site Notícias da TV, na ação de interdição com tutela de urgência, registrada na Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Petrópolis, os irmãos dizem que o pai é “pessoa idosa, senil e tem problemas psiquiátricos ocasionados pela idade”.
Nos autos, Fátima está sendo acusada de “depenar totalmente o idoso, em puro estelionato senil, apropriação indébita e formação de quadrilha”. De acordo com eles, a madrasta vem “subtraindo tudo o que o idoso recebe, e transferindo tudo o que pode para parentes”.
Na abertura do inquérito policial no MP-RJ, os irmãos ressaltam que Cid Moreira casou com uma “senhora 40 anos mais nova, no regime de separação total de bens, a qual vem se aproveitando da sua senilidade, de seus problemas de saúde, da própria idade, para se apropriar de tudo”.
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Ainda de acordo com o Notícias da TV, no documento, também há relatos de maus-tratos, como oferta de comida estragada para Cid Moreira, falta de medicação e tratamento aos berros. Segundo eles, o pai é tratado “como se fosse uma criança levada”.
Nos autos, Fátima está sendo acusada de passar propriedades do marido para pessoas de sua família. “Com a ajuda de parentes e amigos, começou a vender para os mesmos, imóveis do idoso vulnerável por preço vil, e os mesmos vendiam pelo preço real”, contam.
“Ela se apropriou de seus salários, ganhos, direitos autorais, e não se tem notícia o que fez, mas sabe-se que com o idoso não está mais. Começou, então, a forçar a separação do pai para com os filhos com o argumento que um deles era gay e o convenceu a deserdar o filho”, explicaram.
Devido a todas essas suspeitas, a defesa dos irmãos Moreira pede que os bens de Fátima sejam bloqueados. Eles querem que a Justiça rastreie as posses de Cid Moreira, avaliando tudo que foi vendido durante a união atual. Além disso, há um requerimento para que a Globo informe tudo que foi pago para seu ex-funcionário a fim de investigar se a suspeita se apossou de algo.
O mandado de apuração pede a prisão preventiva de Fátima. “Diante da gravidade dos fatos e da tentativa da querelada em tentar mudar provas, contatar testemunhas, que seja decretada a prisão provisória da mesma por 30 dias, prorrogando-se até que tudo seja apurado ou surja uma preventiva”, consta a solicitação.
Filho adotivo de Cid Moreira alega alienação da madrasta
Na reportagem, Roger, filho adotivo do ex-contratado da Globo, fez desabafos a respeito de Fátima. Através dele, a relação com ela nunca chegou a ser das melhores. Ele a consta como responsável pelas atitudes do pai, como o distanciamento e o fato de o jornalista ter lhe negado uma herança.
“Acho que ela está prendendo e o alienando de alguma forma, querendo botar ele cada vez mais contra a gente. Na realidade, tudo que está acontecendo é exclusivamente por conta da Fátima”, diz ele.
“Não estou preocupado com dinheiro. Estamos preocupados porque poderíamos estar vivendo com ele. Nosso pai vai morrer, e não vivemos com ele. Vamos ficar com esses traumas, essa criação, que, de repente, poderia ter sido solucionada. É essa questão que a gente queria que o pessoal entendesse”, complementa.
Na última semana, Roger concedeu uma entrevista ao A Hora da Venenosa, no Balanço Geral, a respeito de sua relação com o pai. Ele o acusou de “deserdá-lo” ao ter seu nome retirado do testamento. Porém, apesar da briga, a legislação brasileira não permite deserdar filhos. Por conta disso, há um ano e meio, ele entrou com ação na Justiça contra o veterano, alegando abandono afetivo.
Autor(a):
Flavia Fasanella
Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.