Fernanda Nobre revela ter casamento aberto e fala sobre monogamia “não tem nada de natural”

19/08/2021 às 8h03

Por: Fernanda Cataldi
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Fernanda Nobre em entrevista ao Conversa com Bial (Foto: Reprodução)
Fernanda Nobre em entrevista ao Conversa com Bial (Foto: Reprodução)

Fernanda Nobre em entrevista ao Conversa com Bial (Foto: Reprodução)

Os atores Fernanda Nobre e Marcelo Serrado participaram do Conversa com Bial dessa última quarta-feira (18). O tema abordado ainda é um tabu em nossa sociedade: relacionamentos abertos. O ator é uma das estrelas da comédia romântica “Dois + Dois”, que entrou em cartaz este mês, e Fernanda se dispôs a viver um casamento não-monogâmico e a falar sobre isso abertamente.

Fernanda Nobre conta ter descoberto que a monogamia não é algo natural, mas social e culturalmente construído, e que muitas vezes o amor romântico é uma idealização utilizada para manipular mulheres. “Mesmo com tudo que a gente conquistou, ainda vendem a ideia de amado que esperamos para salvar nossa vida”.

A atriz continuou: “isso vai na contramão desse caminho da contemporaneidade que defende a individualidade. A gente continua relacionando o sexo ao amor”. Ao estudar a história da mulher na sociedade, Fernanda Nobre descobriu que a monogamia foi criada para proteger a propriedade privada e, segundo ela, “não tem nada de natural”.

De acordo com a atriz, em um passado bem recente muitas mulheres perdiam os seus direitos e eram rejeitadas pela sociedade ao não serem monogâmicas. “Percebi que repetia um padrão”, disse Fernanda Nobre em sua explicação sobre abandonar a monogamia e manter um relacionamento aberto.

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Ter uma relação assim, moderna, não é tão simples. Segundo Fernanda Nobre lidar com o ciúme, mesmo sem querer ser ciumenta é muito difícil: “Estou no exercício, mas ainda não encontrei a fórmula”, disse. Para ela, o ideal é ser livre, assim como o seu parceiro. “Na verdade, é tudo em prol do diálogo, da liberdade entre duas pessoas que se gostam”, comenta a atriz.

Fernanda Nobre ainda admite ser romântica, embora enxergue isso como uma forma de controle feminino. “O amor romântico, criado pelo patriarcado há 5.000 anos, faz com que a gente ainda espere o amado que vai salvar nossa vida”, concluiu.

Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.

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