Fábio Porchat se pronuncia após acusações de pedofilia: “Repugnante”
15/03/2022 às 8h31
Fábio Porchat falou pela primeira vez após ter seu nome envolvido em uma polêmica sobre pedofilia. Nesta segunda-feira (14), o humorista falou em entrevista ao colunista Leo Dias, do Metrópoles sobre a cena em “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” (2017). No filme, o ator interpreta um vilão pedófilo.
Na cena polêmica, Cristiano [Fábio Porchat] pede que duas crianças façam um ato sexual nele. “Vocês batem uma punhet* para o tio”, diz ele para as crianças. A cena sugere ainda que sim, uma delas coloca a mão no órgão genital e satisfaz o desejo do personagem.
A confusão começou quando internautas começaram a viralizar essa cena nesse domingo (13), e acusaram Fábio Porchat de pedofilia. Danilo Gentili, que foi um dos diretores do longa e é autor do livro em que o filme foi baseado, também foi alvo de críticas nas redes sociais.
Na entrevista, Fábio Porchat declarou que apenas foi contratado para atuar na produção: “Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”. Iniciou o humorista.
Fábio Porchat continuou: “O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”.
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“Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade”, explicou Fábio Porchat.
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“Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, finalizou Fábio Porchat.
Danilo Gentili também se pronunciou em suas redes sociais após a polêmica vir a tona. De acordo com o apresentador do SBT, as críticas tinham cunho político: “O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”.
Autor(a):
Fernanda Cataldi
Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.