Equipe da Globo é ameaçada ao vivo e cenas fortes chocam espectadores

Uma equipe da TV Globo de Minas Gerais se preparava para cobrir a manifestação das forças de segurança para reajuste salarial, quando sofreu diversas ameaças e intimidações por parte dos manifestantes enquanto o repórter cinematográfico e o jornalista André Junqueira deixavam o local.

No vídeo que circula no Twitter, é possível escutar diversos insultos direcionados a Junqueira: “Sai daqui filho da p***, filma o [governador Romeu] Zema lá. Vai filmar a casa do c******”, foram alguns dos insultos gravados na filmagem da equipe da Globo de pouco mais de um minuto.

Durante o vídeo o jornalista André Junqueira da Globo se vira para um manifestante que estava gravando a cena e pede: “Não deixa acontecer isso não, vocês são policiais”. “Aqui é manifestação de polícia, não tem bandido no nosso meio não”, responde uma mulher antes de outra pessoa começar a falar.

Um homem ainda pergunta a André Junqueira o que a equipe da Globo estava fazendo no local e, antes do jornalista terminar de responder que estava cobrindo a manifestação, ele já responde com grosseria: “Não, não. Não veio cobrir nada não. Processa todo mundo então que está fazendo isso. Nós também estamos trabalhando”, diz profissional de segurança que estava na manifestação.

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“Nós é que damos a segurança para vocês. Na hora que você sofre um acidente, nós que vamos resgatar você”, continua o homem falando enquanto Junqueira é filmado. Durante a gravação também é possível escutar um outro homem falando: “Fazer merd*. A Globo só faz merd*. A Globo só faz merd*. Se não fosse manipuladora, não teria nada disso. Aqui não. Fora, fora, fora”, fala o homem aos berros em direção à equipe.

Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais manifestaram repúdio “às violências verbais e ameaças praticadas por policiais militares e civis e por bombeiros contra uma equipe da Rede Globo, durante manifestação das categorias”, diz o comunicado.

“O SJPMG e a Fenaj reforçam que não se calarão diante das violências e restrições ao trabalho da imprensa, pois elas configuram uma das mais sérias ameaças à democracia. Jornalistas de Minas e do Brasil exigem respeito ao seu trabalho, à Constituição, à liberdade de imprensa e ao livre exercício profissional dos jornalistas”, finalizaram.