Após fechar todas as lojas, empresa gigante e tradicional no Brasil pede falência por ter dívidas enormes

Após adquirir grande dívida, a empresa precisou encerrar suas atividades em lojas físicas e deixou os brasileiros chocados

O cenário das empresas no Brasil continua sendo marcado pelo fechamento de diversas lojas físicas, e desta vez uma gigante do setor de livros, a Saraiva, protagoniza a notícia com o encerramento de suas operações presenciais em todo o país.

O anúncio surpreendeu muitos clientes e levanta questões sobre o que está ocorrendo no setor que tem visto frequentes encerramentos de estabelecimentos.

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Livraria Saraiva fecha todas as lojas físicas no Brasil (Imagem Reprodução Internet)

A Saraiva, uma das maiores livrarias do Brasil, confirmou na última quinta-feira (21/09) que irá focar exclusivamente em vendas online, encerrando suas últimas cinco lojas físicas restantes. A empresa se encontra em processo de recuperação judicial desde 2018 e agora toma essa medida como parte de sua estratégia.

O fechamento das unidades físicas resultou na demissão de aproximadamente 150 funcionários administrativos. A empresa planeja continuar operando exclusivamente no ambiente digital, concentrando-se na venda de livros. Isso ocorre devido à falta de estoque próprio da Saraiva, uma vez que não há mais produtos com a marca sendo comercializados pelo site.

A situação financeira delicada da Saraiva começou a se deteriorar em 2018, quando a empresa acumulou uma dívida de R$ 675 milhões. Em um esforço para evitar a falência, um acordo foi estabelecido com os credores na época, mas, infelizmente, a queda nas vendas nos últimos semestres fez com que a empresa não conseguisse cumprir o acordo.

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No segundo trimestre deste ano, a Saraiva registrou um prejuízo operacional de R$ 11 milhões, representando um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, a receita líquida nas lojas físicas sofreu uma queda acentuada de 60,2% em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 7,2 milhões.

É relevante destacar que a Saraiva não é a única empresa no setor de livros enfrentando dificuldades financeiras. A Livraria Cultura, outra grande representante do segmento, teve sua falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em fevereiro deste ano, posteriormente confirmada pela Câmara de Direito Empresarial do Tribunal em maio.

No entanto, em junho do mesmo ano, a Livraria Cultura obteve uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspendeu o decreto de falência, permitindo que a empresa continuasse a buscar um plano de recuperação judicial.

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Fachada de uma das unidades da Saraiva (Foto: Reprodução/Internet)

Durante esse período, a unidade mais conhecida da Livraria Cultura em São Paulo chegou a ser fechada devido à ameaça de despejo por não pagamento de aluguéis.

A loja foi reaberta em agosto, quando o STJ reverteu a situação de falência após a suspensão da liminar de despejo pelo TJSP, pelo menos até a conclusão do processo.

Segundo o portal Pronatec, atualmente existem diversos pedidos de falência envolvendo a Saraiva, incluindo um referente a um débito de R$ 241 mil que não foi pago a um credor que não faz parte do processo de recuperação judicial da empresa.