DJ Ivis é considerado ‘perigoso para a sociedade’ e acusado de tentativa de homicídio
19/07/2021 às 19h50
Na última quarta-feira (14), Iverson de Souza Araújo, popularmente conhecido como DJ Ivis, foi preso após a Justiça avaliar que as agressões cometidas à sua ex-mulher, Pamella Holanda, configuravam uma tentativa de homicídio, e que o artista, em liberdade, representa um perigo para a sociedade.
De acordo com os documentos expedidos pela juíza Flávia Pessoa Maciel, da 2ª Vara da Comarca de Eusébio (CE), no qual o site Notícias da TV teve acesso, decretou a ordem de prisão preventiva após julgar o comportamento de DJ Ivis como “frio” e “sem remorso”, pois ele teria dormido na mesma cama de Pamella horas depois de agredi-la com socos e pontapés no dia 1º de julho.
“Quanto ao fundamento da preventiva, revela-se na propensão do representado ao cometimento de crimes desta natureza, o qual, frise-se, aparenta não sentir remorso, vez que, como destaca o doutor Delegado de Polícia o seguinte trecho colhido: ‘Que no final da tarde do dia 01/07/2021, seu companheiro retornou à casa e se comportou como se nada tivesse ocorrido, chegando a dormir na mesma cama da declarante’ (passagem da declaração de Pamella), restando profusamente demonstrada a necessidade da prisão, a fim de coibir a reiteração de condutas criminosas e a prática de crimes mais graves contra a vítima”, explicou a juíza.
A defesa de DJ Ivis recorreu automaticamente ao Superior Tribunal de Justiça, afirmando que a prisão havia sido arbitrária e ocasionada somente por pressão midiática. E ainda constou que há interesses políticos em sua prisão, principalmente por parte de Camilo Santana (PT), governador do Ceará, mas não argumentou para sustentar sua tese.
A fim de defender a soltura imediata de Ivis, em documento protocolado no mesmo dia da prisão do produtor musical, seu advogado justificou que ele “é primário, bons antecedentes, famoso e, evidentemente, não irá atentar contra a integridade da vítima”.
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O STJ indeferiu o pedido, e ele apelou para o Tribunal de Justiça do Ceará, pedindo por um novo habeas corpus. Mas o desembargador Teodoro Silva Santos também negou e manteve a ordem de prisão preventiva, validando a leitura da juíza Flávia, que interpretou os vídeos entregues por Pamella Holanda como tentativas de homicídio. E ainda deu uma advertência na defesa do DJ Ivis.
“As condições pessoas favoráveis, tais como, primariedade, bons antecedentes, residência fixa e profissão definida, não têm condão de, por si sós, desconstruir a custódia cautelar ou constrição preventiva, quando estejam presentes os pressupostos que a autoriza. Com efeito, torna-se defeso à aplicação de qualquer das medidas cautelares diversas da prisão ou cautelares alternativas catalogadas no artigo 319 do Código de Processo Penal pátrio”, constatou o desembargador.
No dia 11 de julho, Pamella Holanda expôs em suas redes sociais, vídeos que gravou de dentro de sua casa, onde mostram ela sendo agredida pelo ex-marido. O último episódio de agressão teria ocorrido no dia 1º de julho, e dois dias depois ela foi à delegacia para denunciá-lo.
Autor(a):
Flavia Fasanella
Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.