Caso Carlinhos Maia: Percival de Souza explica procedimentos de quadrilhas

Um novo episódio ao famigerado caso do roubo milionário ao apartamento do humorista Carlinhos Maia foi adicionado nesta terça-feira (7), quando a Polícia Civil prendeu em Campina Grande, município da Paraíba, três pessoas suspeitas de integrarem os participantes do crime.

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As investigações seguem intensivamente e podem trazer à luz a qualquer momento outros integrantes dessa enorme quadrilha especializada em roubos e furtos a residências de luxo.

O colunista Leo Dias conversou com o comentarista de segurança no Cidade Alerta, da Record, e com 50 anos de atuação na área criminal, Percival de Souza, para analisar os procedimentos nesse tipo de crime. Ele esclareceu que, de uma maneira geral, esses criminosos tem conexões com compradores do exterior. Para o “sucesso” do processo, eles fazem um detalhado levantamento antes de fornecer descrição específica de cada uma das joias a fim de assegurar um venda fora do Brasil.

Carlinhos Maia fala sobre prisões, e Percival de Souza comenta o caso

“Essa venda pode ser feita em países da Europa, Ásia e também na Colômbia, e tem uma explicação fácil. Um roubo desse tipo exige bastante investimento, como no caso do Carlinhos Maia, ter um apartamento com um hotel ao lado, eles ficam observando o interior do apartamento desse edifício para escolher uma data propícia para a invasão. Isso requer uma logística muito grande, um investimento forte”, relata Percival, detentor de quatro prêmios Esso de jornalismo.

“Com essa oferta feita antecipadamente, os receptadores se interessam, fazem o investimento, chegam até a financiar uma parte da operação. Os ladrões, por sua vez, tem uma receptação garantida, no caso do Carlinhos Maia, por exemplo, eles efetuaram o furto no interior do apartamento e fugiram para Pernambuco, onde acabaram capturados, mas eles não deixaram pistas”, ressaltou ele.

Junto das pessoas presas, foram apreendidos equipamentos utilizados no crime, como ferramentas, celulares, lanterna, luvas e uma escada retrátil. As joias, relógio e artigos de luxo avaliados em aproximadamente R$5 milhões ainda não foram encontrados nem recuperados.

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