Carlos Alberto de Nóbrega escancara ‘sacanagens e puxadas de tapete’ em livro
04/06/2021 às 9h58
Carlos Alberto de Nóbrega, 85 anos, ficou 14 meses longe do humorístico A Praça É Nossa por causa da pandemia. Sem poder fazer o que mais ama, o veterano aproveitou o isolamento para escrever um livro. A obra ganhou o título Herói de Mim Mesmo, uma biografia profissional para contar tudo o que viveu na televisão. “Falo da minha experiência, do que lutei, as sacanagens que aconteceram, as decepções e as puxadas de tapete”, adianta.
“São várias histórias. É uma biografia profissional. Não falo de mulher e não falo de filhos. Falo da minha história na televisão. O livro vai mostrar o que eu vi e vivi nos meus 64 anos de carreira. Nada sobre minha vida pessoal”, completa para o Notícias da TV.
Nóbrega também é autor de A Luz Que Não Se Apaga, lançado em 2004 e no qual fala sobre seu pai, Manuel de Nóbrega (1913-1976), e Essas Coisas Só Acontecem Comigo, publicado em 2008 com crônicas e relatos de sua vida. Desta vez, como ele adiantou, o foco da obra será apenas a trajetória na TV.
Ele vai relembrar, por exemplo, o período em que era redator dos programas Família Trapo (1967-1971) e do Praça da Alegria, célebre humorístico criado nos anos 1950 por seu pai. As passagens pela Band –com o Praça Brasil, em 1987– e pela Globo não ficarão de fora.
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Vou falar como começaram as Praças, o que acontecia durante as gravações, a Família Trapo… Tudo o que aconteceu. Chama Herói de Mim Mesmo porque é um livro que vai mostrar o quanto eu tive que lutar para conseguir as coisas. É quase uma obra de autoajuda. Tinha pessoas que não acreditavam em mim. Achavam que era meu pai que escrevia, que o Golias inventava tudo na hora…
“As pessoas vão ler e falar: ‘Esse camarada não pegou moleza. Ele sofreu’. Eu vou contar o que passei para conseguir as coisas. As malandragens que fiz para ser contratado ganhando bem (risos)”, admite.
Durante a quarentena, Nóbrega não escondeu de ninguém a tristeza de ter ficado longe dos estúdios do SBT. Ele queria trabalhar e encontrou em seu projeto literário uma maneira de se manter ativo. “Eu tinha que me distrair um pouco (risos)”, comenta.
O título foi escrito pelo comunicador sem compromisso, pois ele ainda não tem uma editora para a publicação. O capítulo final foi feito exatamente em 13 de abril, quando o veterano voltou a gravar A Praça É Nossa no SBT. “Só faltavam três linhas no trecho que falo da pandemia. Nessa parte, vou dizer: ‘Voltei a trabalhar!'”, explica.
“Agora vou aproveitar e, aos pouquinhos, vou escolher as fotos e fazer a ilustração. Quando der, eu lanço”, adianta. O apresentador quer fazer tudo com calma, pois não pensa em ver o projeto logo nas livrarias. Ele quer lançar o trabalho apenas quando a pandemia não existir mais.
“O livro só será lançado quando terminar o distanciamento, as aglomerações etc. Só não vou lançar agora porque é como jogar fora. Lançar sem uma noite de autógrafos?”, finaliza.