BBB 22: Botão de desistência será agente de caos psicológico

No BBB 22, o botão de desistência deve ser mais um causador de caos psicológico entre os participantes do reality de confinamento. Nas outras edições, o jogador tinha que ir ao confessionário pedir para sair da casa, mas agora o equipamento está visível a todo momento para instigar o desejo do adeus, criar mais estresse e ser gatilho para os mais impulsivos.

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“As pessoas podem não pensar tanto quanto elas pensavam, né? Nos anos anteriores você tinha um processo. Tinha que entrar ali no quarto, tinha que pedir. Eram mais passos até você pedir para sair. Agora ficou mais fácil, ficou mais rápido, ficou mais imediato. Então quem é mais impulsivo, olha… Eu acho que vai sofrer mais”, aponta o psiquiatra Jairo Bouer, em conversa sobre o novo botão do BBB 22 com o site Notícias da TV.

Bouer alega que o botão é mais um fator de pressão para as pessoas que já precisam lidar com estímulos diversos no BBB 22, que provocam estresse mental.

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“É um jogo, nesse jogo as pessoas vão ter estratégias, elas tentam não ser eliminadas… Alianças, brigas, tudo isso que a gente está cansado de ver no BBB, né? Isso tudo vai gerando uma situação de estresse que pode levar a pessoa a tomar a decisão de desistir de uma hora para a outra”, analisa o médico.

No BBB 21, Lucas Penteado desistiu do jogo após se ver encurralado durante a festa Holi Festival, na qual beijou Gil do Vigor e se desentendeu com Lumena, Pocah e outros brothers. A psicóloga alegou que o rapaz estava se “apropriando de uma luta histórica” em prol dele mesmo, enquanto a funkeira disse que ele tinha um olhar do “demônio”.

Tadeu Schmidt, apresentador do BBB 22 (Foto: Reprodução)

Caio Afiune declarou que queria deixar o BBB 21 também e até Juliette cogitou sair. A campeã da edição do ano passado, ao saber do novo botão, disse que certamente teria deixado o jogo se houvesse o botão em sua edição, e depois se arrependeria.

Jairo Bouer ainda afirma que são muitas variantes que podem resultar em uma desistência do confinamento: “Vai variar muito de acordo com a temperatura emocional ali no momento do jogo”, defende. “As válvulas de escape para momentos de pico costumam seguir para caminhos opostos. Ou a pessoa toma uma decisão impulsiva, ou respira, reflete e age de maneira mais fria e menos imediata”.