Banco Central exige que bancos enviem alerta sobre o PIX; veja

Banco Central exige que bancos enviem importante alerta sobre o PIX aos clientes; descubra

18/09/2024 às 22h00

Por: Hudson William
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Entenda o novo aviso sobre o PIX que bancos deverão enviar a seus clientes após decisão do Banco Central (Foto: Reprodução/Internet)

Banco Central exige que bancos enviem novo alerta sobre o PIX aos seus clientes! Descubra o que diz a determinação e como ela pode afetar você

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central, revolucionou o mercado financeiro brasileiro, tornando transações bancárias mais ágeis e práticas. Contudo, a popularização dessa ferramenta também trouxe desafios, especialmente no que tange à segurança dos usuários.

Desde o seu lançamento, golpistas têm explorado brechas para aplicar fraudes e extorquir valores indevidamente. Com o aumento das ameaças, o Banco Central adotou novas regras de proteção, visando reforçar a segurança do sistema e evitar que os usuários se tornem vítimas de criminosos.

Alerta de transações suspeitas: uma nova barreira de segurança

Para coibir fraudes no Pix, o Banco Central determinou que todas as instituições financeiras participantes do sistema sejam obrigadas a notificar seus clientes sempre que identificarem movimentações suspeitas.

Essa medida, conhecida como “alerta de golpe”, tem o objetivo de atuar de forma preventiva, permitindo que o cliente verifique a transação antes que o pagamento seja efetivado. Com isso, o usuário poderá bloquear a operação ou solicitar o estorno, caso não reconheça a transferência.

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Cada banco terá autonomia para definir quais características irão acionar os alertas de transações suspeitas. Entre os critérios adotados, poderão estar transferências para contas recém-criadas, movimentações financeiras acima da média usual do cliente e transações para contas previamente envolvidas em fraudes. Esses parâmetros serão personalizados de acordo com o perfil e histórico de cada usuário, visando maior precisão e segurança.

Pagamento via PIX vira assunto

Pagamento via PIX vira assunto (Foto: Reprodução/Internet)

Critérios para identificar transações suspeitas

O conceito de transação suspeita varia conforme o comportamento financeiro de cada cliente. No entanto, algumas características gerais podem indicar que algo não está certo. Transferências de valores muito elevados ou abaixo do normal, tentativas repetidas de transações em um curto período e operações envolvendo contas recentemente criadas são alguns exemplos de situações que podem acionar os alertas.

Esses alertas serão enviados por diferentes canais, como notificações em aplicativos, e-mails ou mensagens SMS, dependendo da estratégia adotada por cada instituição. Ao ser notificado, o cliente terá a oportunidade de verificar a origem e o destino da transação e, se necessário, impedir que o golpe seja consumado.

Prazos para implementação e autonomia bancária

O Banco Central estabeleceu um prazo de seis meses para que todas as instituições financeiras implementem as novas regras de segurança. Embora as diretrizes gerais sejam definidas pelo órgão, os bancos terão liberdade para adaptar as soluções conforme suas realidades. Isso inclui a escolha de métodos de comunicação com os clientes e a definição de quais movimentações financeiras serão mais monitoradas.

A flexibilidade permitirá que cada instituição ajuste suas práticas de segurança de acordo com o comportamento de seus correntistas, o que pode aumentar a eficácia dos alertas. Entretanto, os bancos serão responsabilizados caso falhem em adotar essas medidas dentro do prazo estipulado.

Outras medidas para reforçar a segurança 

Além do envio de alertas, o Banco Central tem trabalhado em outras iniciativas para melhorar a segurança do Pix. Uma das principais frentes de combate às fraudes envolve o monitoramento contínuo das contas bancárias.

Instituições financeiras deverão realizar verificações periódicas para identificar possíveis envolvimentos dos seus clientes em esquemas fraudulentos, como as chamadas contas laranjas. Essas contas, muitas vezes abertas em nome de terceiros sem o consentimento, são usadas por criminosos para transferências ilícitas.

O monitoramento semestral será uma ferramenta essencial nesse processo. A cada seis meses, os bancos cruzarão informações com a base de dados do Banco Central para verificar se algum cliente foi classificado como suspeito em outra instituição. Quando uma irregularidade for detectada, medidas corretivas, como o bloqueio temporário ou o encerramento da conta, serão adotadas imediatamente, prevenindo a continuidade de atividades fraudulentas.

Aviso para brasileiros que usam o Pix foi divulgado (Foto: Reprodução/Internet)

Aviso para brasileiros que usam o PIX foi divulgado (Foto: Reprodução/Internet)

Multas severas para descumprimento das normas

Uma inovação significativa nas novas regras é a imposição de multas para as instituições que não cumprirem as normas de segurança. O valor da multa, fixado em R$ 100 mil, será aplicado sem possibilidade de isenção. O Banco Central estabeleceu esse valor elevado para pressionar os bancos a adotarem as medidas com rigor e dentro do prazo estabelecido.

Anteriormente, as penalidades eram menos rígidas e, em alguns casos, os bancos conseguiam ser isentos de punições. No entanto, com a crescente sofisticação dos golpes, o órgão regulador decidiu aumentar a pressão sobre as instituições financeiras, garantindo que os usuários do Pix estejam mais protegidos contra fraudes e golpes.

Principais golpes praticados no sistema Pix

Com a disseminação do uso do Pix, vários tipos de golpes têm sido aplicados por criminosos. Entre os mais comuns, está o phishing, que consiste em enganar o usuário para que forneça suas informações pessoais e bancárias. Outra prática recorrente é a clonagem de contas de WhatsApp, onde golpistas se passam por conhecidos da vítima e solicitam transferências via Pix. Além disso, as contas laranjas seguem sendo amplamente utilizadas para facilitar a movimentação de valores obtidos de forma fraudulenta.

Esses crimes ameaçam não apenas o patrimônio dos usuários, mas também a confiança geral no sistema de pagamentos instantâneos. O aumento nas fraudes evidenciou a necessidade de medidas mais robustas de segurança, o que levou o Banco Central a intensificar seus esforços nesse sentido.

Futuras melhorias no sistema de segurança do Pix

O Banco Central, em conjunto com o Grupo Estratégico de Segurança do Pix, continua a estudar formas de aumentar a confiança no sistema. Uma das propostas em discussão é a criação de um selo de chave Pix verificada, semelhante ao sistema de verificação de redes sociais. Essa medida visa dar mais segurança às transações, facilitando a identificação de contas legítimas e aumentando a confiabilidade entre os usuários.

Outra iniciativa em estudo é a atualização do Mecanismo Especial de Devolução (MED), cujo objetivo é recuperar valores desviados por fraudes. Com essas ações, o Banco Central busca tornar o Pix não apenas um sistema rápido e eficiente, mas também mais seguro e confiável.

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Autor(a):

Redator do Aaron Tura TV. Especialista em redação sobre benefícios sociais, finanças e direitos do trabalhador. Escrevo sobre notícias há muitos anos com passagens, inclusive, por outros portais como TV Foco. Meu objetivo é informar com precisão e clareza.

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