Record TV está tendo uma semana caótica.
Isso porque a Record TV sofreu um ataque de hackers no último sábado (08) e ainda corre risco de perder todo seu sistema de arquivos. Os funcionários não conseguiram sequer fazer uma transmissão ao vivo.
A situação chegou ao nível do desespero, pois trata-se de uma grave falha técnica que provocou sérios problemas para a Record TV. O sistema digital da emissora para a edição e transmissão de reportagens caiu, em rede utilizada no Brasil inteiro.
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Porém, no início da tarde, a emissora de Edir Macedo conseguiu voltar a transmitir ao vivo e assim seguiu. Acontece que em menos de sete dias, a Record TV sofreu um segundo ataque hacker.
Sites da emissora foram retirados do ar na tarde deste sábado (15) por um grupo que já fez isso com outras empresas. Desde a semana passada, os sistemas de produção e exibição estão de posse de invasores, que exigiram um resgate milionário para liberar o acesso novamente.
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Eles pediam R$ 35 milhões em bitcoins (criptomoeda não rastreável), mas propuseram um desconto de R$ 10 milhões, caso o pagamento fosse feito até 13h49 de ontem. Apesar de estar sendo procurada com insistência, a Record TV não se pronuncia desde o início do ataque.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
Como o “resgate” não foi feito, os invasores começaram a vazar documentos sigilosos da emissora e de seus funcionários na “deep web”, de acordo com informações de Ricardo Feltrin do UOL.
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O alerta foi do especialista e investigador de cibercrimes @akaclandestine. Ele diz que investiga (palavras dele) “o esgoto da internet” desde 2005. Por “esgoto” leia-se “deep web” e “dark web” — espécies de “lado obscuro” da web.
De acordo com o jornalista, uma planilha com os gastos detalhados do grupo Record foi vazado, bem como documentos sigilosos de faturamento com publicidade e até do departamento Jurídico da emissora de Edir Macedo.
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Foi também divulgado o passaporte digitalizado de uma estrela do entretenimento da emissora. Ainda de acordo com informações de Feltrin, mesmo se a Record TV tivesse pago o montante exigido, não haveria garantia de que os dados seriam copiados e depois revendidos novamente pelos hackers.
Está comprovado também que o crime cibernético atingiu muito mais que apenas vídeos de reportagens e quadros, como a TI (Tecnologia de Informação) da emissora acreditava.
E ainda pode piorar, caso os hackers estejam de posse de todos os endereços de e-mails e conteúdos trocados pelos colaboradores (inclusive toda a cúpula) ao longo dos anos. Não há relato de ataque semelhante sofrido por uma emissora de TV com o alcance da Record no mundo.
Record TV sofre novo ataque hacker em uma semana (Foto: Reprodução / Globo / Montagem HoraDoBenefício)