Após polêmica com Gusttavo Lima, fãs se revoltam com cachês milionários e pedem “CPI do sertanejo”

Um simples comentário do cantor Zé Neto, que criticou Anitta e à Lei Rouanet pode acabar desencadeando a “CPI do sertanejo”. A web, passou a analisar o valor de alguns cachês pagos com dinheiro público. Como Gusttavo Lima, por exemplo, que receberia R$ 1,2 milhão por uma apresentação com um dinheiro que estava destinado à educação e saúde na cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais.

Depois que saiu em diversos sites o cachê da dupla Zé Neto e Cristiano, a situação complicou para o lado de Gusttavo Lima que, após fazer comentários em prol do presidente Jair Bolsonaro (PL), virou alvo do Ministério Público por valores altos de cachês em cidades pequenas.

A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG) anunciou que o show de Gusttavo Lima, previsto para o dia 20 de junho, com um cachê de R$ 1,2 milhão, está cancelado. A apresentação da dupla Bruno e Marrone, marcada para a mesma data também foi adiada.

Através de um comunicado, a Prefeitura informou que cancelou o show de Gusttavo Lima para não se envolver no que eles chamaram de “guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa” do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

+ Após caos no Power Couple, Adriane Galisteu dá ultimato em quem lhe desobedecer: “Expulso”

Com isso, vários fãs e internautas começaram a usar as redes sociais para compartilhar a hashtag #CPIdoSertanejo para conseguir dar mais visibilidade aos desvios de dinheiro público que vem ocorrendo em prol dos sertanejos que se apresentam em pequenas cidades brasileiras.

Já existem investigações instauradas em mais de um Estado por parte do Ministério Público em razão dos valores pagos sem licitação a esses artistas do ramo sertanejo em situação semelhante à de Gusttavo Lima. A hashtag CPI do Sertanejo alcançou os trending topics no Twitter.

Em nota divulgada à imprensa na semana passada, a assessoria de Gusttavo Lima explicou sobre a investigação movida pelo Ministério Público para apurar uma apresentação do astro. “Não pactuamos com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, seja em qualquer esfera”.

A nota também deixa claro que: “Com relação a verba para realização de ‘show artístico’, cabe ao ente público federado agir com responsabilidade na sua aplicação. Não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas para saber qual a dotação orçamentária que o chefe do executivo está utilizando para custear a contratação.”