Após polêmica com Bolsonaro, Record cria manual de conduta para jornalistas, o “manual anti-Mariana Godoy”

A direção da Record decidiu elaborar um manual com regras de conduta para os funcionários do departamento de jornalismo, especialmente aos repórteres e apresentadores.

Nesse material, constam normas editoriais que vão desde o conteúdo produzido durante o trabalho até o que é postado nas redes sociais pessoais. Dentre as determinações está um veto de publicação de conteúdos com teor político, segundo o site TV Pop. A media vai de encontro especialmente em casos que conflitem com a linha editorial da emissora.

Outra media é a proibição de comentários em programas jornalísticos sem o aval prévio da direção de jornalismo. A adoção do manual de regras de conduta é resultado de uma polêmica envolvendo Mariana Godoy, apresentadora do Fala Brasil. A jornalista disse ao vivo que um evento promovido pelo presidente Jair Bolsonaro era “bizarro”.

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Dias depois do acontecido, a direção da emissora divulgou um comunicado interno proibindo quaisquer tipo de comentários durante os telejornais, ressaltando que apenas comentaristas possuem essa função.

Foram vetadas até mesmo expressões faciais, orientando que os âncoras permaneçam apáticos independentemente do tipo de notícia que estiver sendo veiculada.

As mudanças vieram como uma forma de barrar outras polêmicas e para acalmar a Igreja Universal, maior anunciante da RecordTV.

Ainda segundo a publicação, o manual de regras foi apelidado internamente de manual anti-Mariana Godoy, já que foram os comentários dela que desencadearam as mudanças.

A adoção de um manual de conduta não é novidade e emissoras como a Globo e a CNN Brasil possuem seus manuais próprios, com regras para os colaboradores.

Assim como nas concorrentes, o descumprimento do manual da Record pode culminar com o desligamento dos que se recusarem a cumprir as determinações.

Ao vivo, Mariana Godoy alfineta Bolsonaro no Fala Brasil, da Record (Reprodução/Instagram)