Antes de Pantanal, bebê nasceu com chifres em SP e assustou população
08/08/2022 às 12h01
Em Pantanal, o filho que Irma (Camila Morgado) está esperando de Trindade (Gabriel Sater), nascerá com traços do Cramulhão, já que o peão tem pacto com o demônio. No entanto, antes da primeira edição da novela ir ao ar em 1990, existiu em São Paulo a história de um “bebê-diabo” que nasceu em 1975.
Na ocasião, em 11 de maio daquele ano, o jornal impresso Notícias Populares, que tinha como característica o sensacionalismo, estampou na capa a seguinte manchete: “Nasceu o diabo em São Paulo”. Os moradores da região do ABC Paulista ficaram chocados com a informação na época e chegaram a se assustar com o bebê.
De acordo com o jornal, o bebê Cramulhão veio ao mundo falando e ameaçando a própria mãe de morte. “Totalmente cheio de pelos, dois chifres pontiagudos e um rabo de, aproximadamente, cinco centímetros, além de um olhar feroz, que causa medos e arrepios”.
Segundo informações divulgadas pelo IG na manhã desta segunda-feira (08), logo depois da primeira publicação sobre o bebe-diabo, o periódico fez uma série de reportagens, com textos diários sobre o assunto. Ao todo, foram 27 capas sobre o bebê.
+ Além da Ilusão: Violeta surta ao descobrir crimes de Joaquim: “Vingança”
LEIA TAMBÉM:
● Lista dos que foram contemplados pelo CPF na nota fiscal traz alegria para os brasileiros hoje (22/09)
● Empréstimo para beneficiários do Bolsa Família começa a ser liberado pela Caixa
● Novo RG e CPF já em vigor: Saiba como emitir a Carteira de Identidade Nacional obrigatória
Na época, o jornal explorou o tema e chegou a coletar depoimentos de pessoas que viram o pequeno bebê-diabo soltando fogo pela boca, pedindo sangue, falas de enfermeiras que tinham feito o parto, entre outras histórias misteriosas.
Na década de 1970 o assunto virou polêmica. Segundo o Blog Memória, da revista Veja, realmente um bebê nasceu com duas pequenas saliências na testa e um prolongamento no cóccix na maternidade de São Bernardo do Campo em maio de 1975. No entanto, nada além disso.
Na ocasião houve a cobertura do tema pelo jornal de forma a não passar sensacionalismo e assustar a população, mas o Notícias Populares acabou optando por transformar um caso médico simples em uma lenda urbana que beirava o sobrenatural.
Autor(a):
Fernanda Cataldi
Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.