Danilo Gentili desabafa sobre polêmica e alfineta Globo: “Agora tinha um global”

26/03/2022 às 19h53

Por: Fernanda Cataldi
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Danilo Gentili solta o verbo e admite que está namorando (Foto: Reprodução / SBT)

Danilo Gentili concedeu uma entrevista à Crusoé e comentou sobre a polêmica envolvendo seu filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola (2017) e a acusação de apologia à pedofilia. O apresentador do The Noite fez críticas ao que chama de patrulhas da direita e da esquerda e explicou as semelhanças e diferenças da perseguição que sofreu durante os governos do PT e as do atual governo.

“Eu sou comediante, não militante. Embora essa seja a minha profissão, como eleitor eu me nego a ser palhaço. Se prometeu e não cumpriu, deve ser cobrado e criticado”, começou Danilo Gentili.

“Algum discurso bolsonarista não é hipócrita? Cito algumas outras coisas que destoam bem: um cristão pode dizer que deseja câncer, tortura ou fuzilamento para alguém? Alguém que diz combater a corrupção pode se orgulhar de acabar com a Lava Jato e proteger a rachadinha? Alguém que se diz contra a mamata pode flertar com (a ideia de) transformar o filho em embaixador nos Estados Unidos e liberar bilhões para o fundo partidário em um momento em que o país está quebrado? São muitos exemplos, não é?”. Comentou Danilo Gentili.

Durante a entrevista, Danilo Gentili aproveitou para agradecer o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, pela promoção de seu filme, que virou um dos mais assistidos da plataforma de streaming após a polêmica.

“Depois dizem que ele [Frias] não fez nada para incentivar o cinema nacional. Meu filme, pelo menos, ele ajudou demais”, debochou Danilo Gentili que aproveitou para recomendar um filme para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Justiça, Anderson Torres. “Eu recomendo ‘O Mentiroso’, de John Kerry”.

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“Só lamento que, às vezes, a fiscalização e a luta pela liberdade valham para um lado só. Posso dar outro exemplo recente: faz um ano que os deputados bolsonaristas pediram minha prisão ao STF e, em seguida, pediram a censura das minhas redes. Isso é gravíssimo. Mais grave que essa censura do filme. Não virou notícia na GloboNews nem no Jornal Nacional. Será que por que agora tinha um global (Porchat) na cena, isso mereceu destaque?” Indagou Danilo Gentili.

“Se analisarem o Jornal Nacional, nem citam o meu nome. E fui eu quem o ministro da Justiça citou nesse episódio. Eu sempre digo: o problema nunca é o que se fala ou o que se faz, sim quem fala e quem faz. Isso não é saudável para se construir valores consistentes. Precisamos pensar mais em defender alguns valores absolutos e menos em defender discursinhos ou patotas”. Alfinetou Danilo Gentili.

Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.

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