Carla Cecato abre o jogo e revela porque largou o jornalismo: “Comecei a chorar compulsivamente”

Carla Cecato publicou um longo vídeo em seu canal no YouTube e desabafou sobre porque não consegue mais trabalhar na televisão após ter sido demitida da Record. A jornalista revelou que já recebeu convite de duas emissoras para retornar, mas disse que não consegue mais atuar na profissão.

Em um vídeo de 10 minutos, Carla Cecato contou detalhes de sua saída do Fala Brasil, passando por uma licença médica e o seu retorno nas edições de sábado do telejornal, antes do seu desligamento com a Record. A jornalista relatou que, no início de 2019, começou a se sentir mal enquanto apresentava o jornal matinal.

“Eu não dormia e estava com uma insônia muito forte. Eu não comia de manhã, eu não consigo acordar e comer. Comia durante o jornal uma fruta e depois eu tomava um café mais completo. Comecei a achar que era por isso: falta de sono e alimentação. Comecei a sentir umas coisas estranhas, vi uma reportagem muito triste e que, infelizmente, era todo dia e uma vez eu chorei no ar. A matéria saiu do ar e eu comecei a chorar compulsivamente”, contou Carla Cecato.

“Minha companheira de bancada [Roberta Piza] que fez a próxima matéria já que eu não conseguia voltar. Isso pra mim é inaceitável. Começou a ficar muito difícil e eu tive palpitações. Todos os dias de manhã fazendo o jornal, comecei a me sentir mal, umas tonturas, comecei a me afastar e estava me sentindo muito mal”, revelou Carla Cecato.

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Carla Cecato foi diagnosticada com Síndrome de Burnout, então decidiu se afastar da TV e pediu demissão da Record TV. A direção do canal negou esse pedido, mas lhe concedeu o afastamento. A jornalista também revelou que depois disso nunca mais foi a mesma: “Eu pedi demissão. E a Record não me deu a demissão. A Record foi muito parceira e falou: ‘Carla, tira um tempo de descanso para você voltar’. Eu estava muito tempo lá. Eu tinha uma carreira bonita.”

Em maio de 2020, ela retornou ao ar, comandando as edições de sábado do Fala Brasil. Eram quase 5 horas de jornalismo ao vivo: “Para eu voltar a trabalhar ao vivo no sábado, 5 horas, eu tive que tomar três remédios. Porque eu não conseguia, mas a família precisava do dinheiro. Eu gostava daquilo né, fiz a vida inteira. Mas eu não conseguia, eu realmente não estava bem.” Revelou Carla Cecato, que foi desligada da emissora em maio de 2021.