Gloria Perez relembra assassinato da filha há 29 anos: “Tempo não ameniza”

A morte de Daniella Perez (1970-1992) completa 29 anos nesta terça-feira (28). Mãe da atriz, a autora de novelas Gloria Perez relembrou a data trágica e desabafou sobre o assassinato da filha em suas redes sociais. “O tempo não ameniza nada”.

Gloria Perez publicou um texto no Instagram e falou sobre o crime chocante, que foi uma verdadeira tragédia em sua família há 29 anos. “Nem a dor, nem a revolta pela impunidade dos assassinos. Sim, psicopatas não são figuras de ficção. Eles estão entre nós. E ganância mata”, afirmou a escritora.

Daniella foi morta aos 22 anos com 18 golpes de punhal dados por Guilherme de Pádua e sua então mulher, Paula Nogueira Thomaz. O assassino contracenava com a atriz na novela De Corpo e Alma (1992), a primeira que Gloria Perez assinou como autora.

Na época do crime, Guilherme de Pádua não gostou de ter sua quantidade de cenas reduzida e passou a pressionar Daniella para que sua mãe, Gloria Perez, desse mais relevância a seu personagem na trama. Alguns colegas de elenco começaram a perceber o assédio do ator com a colega de trabalho.

Na noite de 28 de dezembro de 1992, a filha de Gloria Perez estava voltando para casa após as gravações da novela quando seu carro foi fechado pelo de Guilherme de Pádua. Minutos depois, moradores de um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, chamaram a polícia para verificar a presença de carros num matagal.

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Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram presos pelo crime, mas o julgamento só aconteceu de fato em 1997. O ator e a mulher foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe. A pena dele foi de 19 anos em regime fechado. Mas só cumpriu um terço desse período. Saiu da cadeia por bom comportamento em outubro de 1999.

Gloria Perez aceitou abrir seu arquivo pessoal para a série documental que será produzida pela HBO Max a respeito do assassinato de Daniella. Em entrevista ao podcast Novela das 9, do Gshow, a novelista explicou que aceitou colaborar com a diretora Tatiana Issa.

“Você não pode impedir que as histórias públicas sejam contadas. A única coisa que fiz foi abrir meu arquivo para essas pessoas. A diretora assumiu o compromisso de se ater aos autos do processo”, contou Gloria Perez.