Viúva de Paulinho, do Roupa Nova, trabalha como ambulante para sobreviver
23/12/2021 às 13h55
Viúva de Paulinho, do Roupa Nova, Elaine Soares está passando por dificuldades financeiras desde a morte do cantor, que faleceu em dezembro de 2020. Desempregada, ela passou a vender utensílios domésticos no Rio de Janeiro.
Aos 39 anos, Elaine trava uma disputa na Justiça contra Twigg de Souza Santos e Pedro Paulo Castor dos Santos, filhos de Paulinho. A psicóloga quer ser incluída na divisão da herança e que seja reconhecida a união estável com o cantor.
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“Pedi trabalho a uma amiga. Liguei para ela e perguntei se podia trabalhar. Antes ela tinha um quiosque no Centro do Rio, mas, com a pandemia, perdeu e agora está com uma banca na calçada, onde bate sol o tempo todo. Não posso cuspir no prato que comi, porque ela foi muito legal comigo. Poderia ter dito que não, mas dividiu comissão comigo. Trabalhei de segunda passada até ontem. Hoje tirei o dia para descansar porque para ganhar 10 reais para ficar o dia inteiro em pé não compensa”, disse a viúva de Paulinho em entrevista à revista Quem.
“Como estava chegando a semana do Natal e estou no processo de esperar o inventário e o formal de partilha – já que só a partir deles poderei seguir a minha vida, independente de estar trabalhando ou não – entrei em contato com minha amiga porque sabia que ela tinha essa loja para ver se ela me dava uma força nos 15 dias que antecediam o Natal. Para eu arrumar um dinheiro qualquer. Porque estou sem dinheiro”, relatou Elaine.
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“Eu tenho duas formações: sou psicóloga, trabalhei 15 anos na Pfizer como gerente de recursos humanos, e depois, casada com o Paulinho, fiz faculdade de direito. Ele pagou para eu fazer. Falou: ‘faz, namorada, você leva jeito’. Fiz exame de ordem (OAB), passei. Só que durante o tempo em que estávamos casados, cuidava de tudo, de mim, dele, da casa. Viajava com ele e aí, para trabalhar, não teria a disponibilidade que precisava ter para acompanhá-lo nos lugares que acompanhei”, declarou a viúva de Paulinho.
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Por fim, Elaine Soares relatou como foi o trabalho como ambulante. “Estava vendendo tacinhas de acrílico no fim de ano com minha amiga. Só que o que deu de comissão não chegou nem a 50 reais, então nao valeu a pena. Mas, de qualquer maneira, tenho minha mãe, vou passar o Natal com ela. Mas queria um dinheiro extra para comprar uma lembrancinha para o meu sobrinho, para a minha afilhada, filha do meu sobrinho, que tem quatro aninhos, porque criança cobra, gosta e tal. Estou muito cansada, com a perna inchada, dolorida. Fiquei em pé no sol o dia inteiro, de nove da manhã às seis da tarde. Hoje não aguentei ir. Falei com minha amiga para me pagar ontem porque hoje para mim não dava. E ainda está chovendo aqui no Rio”, disse. “Como estamos em época de recesso da Justiça, que só retorna em 20 de janeiro, vou ficar até lá esperando. Minha audiência, de instrução e julgamento, está marcada para março. Não sei nem como vou viver até lá. Não completei 15 dias na banca com minha amiga porque me senti muito cansada”, revelou.
Autor(a):
Larissa Santos
Cursando Relações Públicas na Universidade Anhembi Morumbi. Meu objetivo é informar com maior objetividade e clareza possíveis.