Léo Áquilla conta história constrangedora sobre ida ao urologista e se diverte: “Respirei fundo”

Nascida biologicamente no gênero masculino, Léo Aquilla passou por uma transição de gênero e se tornou uma mulher trans. No entanto, por não ter feito a cirurgia de redesignação sexual, a jornalista ainda tem um pênis e precisa, por questões de saúde, frequentar um urologista. 

Tudo começou na recepção da clínica, quando foi reconhecida pela atendente, que informou Léo que, apesar de ter conseguido mudar seu nome em seus documentos, seu nome masculino ainda constava em seu cadastro. 

“O médico saiu da sala e deu uma olhada antes, porque chamava os pacientes pelo nome. Ele era bem velhinho e eu pensando: ‘ai meu Deus, como é que eu vou mostrar minha neca pra esse médico?’. E aí a recepcionista me perguntou que nome eu gostaria que chamasse. E eu respondi que o meu, que é Leonora. E aí ela me disse: ‘Aqui no sistema ainda está Jadson, viu? E eu disse que já tinha trocado tudo, todos os bancos, certidão de nascimento, identidade, habilitação, tudo, só o plano de saúde que ainda não tinha conseguido”, contou. 

A secretária atenciosamente avisou ao urologista sobre o conflito de nomes, e orientou que Áquilla resolvesse o assunto o quanto antes. Porém, ela entendeu o fato do médico confundir seu nome e riu do acontecido.

“Quando eu vi o senhorzinho na porta eu pensei: ‘esse médico vai fazer uma cagada’. O consultório cheio e eu bem feminina e bem tranquila esperando. Daqui a pouco ele abre a porta: ‘Jadson Mendes’ [risos]. Eu só olhei pra menina da recepção e ela ficou bege. Levantei, respirei fundo e pensei: ‘Eu explico pra ele lá dentro, ele é um senhorzinho e vai entender’. E entrei”, continuou a famosa. 

Léo Áquilla conta história constrangedora sobre ida ao urologista e se diverte (Reprodução/Instagram)

A ex-comentarista do programa A Tarde É Sua!, que insistiu para ser tratada corretamente, sentiu vontade de abandonar o local após vários comentários negativos do urologista.

“Caso o senhor não tenha percebido, eu sou uma mulher transexual’. E ele me disse: ‘Não, eu tenho que chamar pelo nome que está no sistema, você está em um urologista, mulher não vai em urologista’. Comecei a ferver por dentro e falei: ‘Doutor, o senhor poderia, por favor me chamar de Leonora e respeitar minha identidade de gênero? Não sou mais um menino. Agora sou uma mulher trans’(…) Respirei fundo pra tentar mostrar pra ele que o mundo mudou. Ele era formado desde 1960”, disparou. 

Léo Áquilla finalizou dizendo que tudo terminou bem: “Como é bom você desarmar, ser humilde e engolir alguns sapos na intenção de informar. Porque posso dizer uma coisa? Foi a melhor consulta da minha vida. Eu nunca ri tanto com um médico como eu ri com esse. Quando ele percebeu o que era, ele começou a me tratar no feminino. E então eu fui explicar que era uma consulta de rotina, porque biologicamente eu sou um menino, então ele precisava dar uma olhada pra ver como é que está. Ele olhava para o meu peito e daí a coisa começou a mudar”.