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Mais de 300 lojas fechadas no mundo: Marca icônica de roupas declara falência em 2025

27/05/2025 às 4h00

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Loja amada declara falência e fecha unidades (Foto Reprodução/Montagem/Hora do Benefício/Lennita/Canva)

Marca icônica da moda declara falência e fecha mais de 300 lojas no mundo; Entenda o que aconteceu e os impactos do colapso

E uma marca icônica, que por décadas foi sinônimo de moda jovem acessível e rápida, não resistiu às transformações profundas no varejo global.

Trata-se da amada Forever 21, a qual declarou falência nos Estados Unidos e já fechou mais de 300 lojas em diversos países no mundo, incluindo o Brasil.

Essa situação acabou selando o colapso de um império que, por anos, ditou tendências para milhões de consumidores.

Além disso, a derrocada da marca levanta questões centrais sobre os rumos do fast fashion e revela os impactos diretos de uma má gestão em tempos de mudança digital.

Forever 21 declara falência em 2025 (Foto Reprodução/Internet)
Forever 21 declara falência em 2025 (Foto Reprodução/Internet)

Sendo assim, a partir de informações do portal Seu Crédito Digital e Estadão, a equipe especializada em economia do Hora do Benefício traz todo o parâmetro da situação e os impactos no setor até agora.

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Ordem cronológica dos fatos

  • Fundação em 1984 – A Forever 21 nasceu em Los Angeles pelas mãos de Do Won e Jin Sook Chang, com a proposta de entregar moda rápida e barata com uma proposta mais jovem e que criasse uma identificação visual, principalmente entre os estilos mais conhecidos: Boho, Grunge, Rockers, etc.
  • Anos 2000 – A marca iniciou uma expansão agressiva internacional e, em tempo recorde, atingiu mais de 800 lojas em cerca de 60 países.
  • 2010–2018 – Especialistas passaram a criticar a falta de investimento da empresa em digitalização e sustentabilidade.
  • Setembro de 2019 – A Forever 21 entrou com pedido de proteção judicial contra falência (Chapter 11) nos EUA e fechou mais de 100 lojas.
Situação da Forever 21 levantou debates sobre o fast fashion (Foto Reprodução/Internet)
Situação da Forever 21 levantou debates sobre o fast fashion (Foto Reprodução/Internet)
  • 2020–2021 – A pandemia afetou drasticamente o varejo físico, inclusive a empresa que já acumulava estoques encalhados e dívidas crescentes.
  • 2022 – A marca encerrou oficialmente suas operações no Brasil após uma tentativa fracassada de expansão.
  • 2023–2024 – Mesmo sob controle da Authentic Brands Group, a Forever 21 não conseguiu se recuperar no mercado norte-americano.
  • Maio de 2025 – Por fim, a empresa declarou sua falência definitiva nos EUA e anunciou o fechamento de mais 300 lojas no país e no mundo.

Principais causas da falência

Entre os fatores mais predominantes que explicam esse colapso está o fato de que a nova geração de consumidores prioriza marcas com propósito:

  • Sustentabilidade;
  • Ética na cadeia de produção;
  • Transparência

Pilares que a Forever 21 não deu tanta importância e de forma reiterada.

Além disso, concorrentes como a Shein, Zara e H&M adotaram modelos de produção sob demanda e coleta de dados em tempo real para responder com velocidade às tendências.

A Forever 21 permaneceu presa a métodos de gestão tradicionais, com estoques em excesso e pouca capacidade de adaptação.

A expansão global da marca também aumentou custos fixos e sobrecarregou a operação:

  • Aluguéis altos;
  • Contratos rígidos;
  • Modelo de loja física ultrapassado.

O que comprometeu a flexibilidade da empresa diante das mudanças do mercado.

Por fim, mesmo com o crescimento do e-commerce e das redes sociais como canais de venda, a Forever 21 resistiu em investir em plataformas digitais robustas.

Assim, ela acabou perdendo a relevância entre consumidores que passaram a comprar diretamente de marcas nativas digitais.

Mas a Forever 21 acabou de vez?

No entanto, a falência decretada nos Estados Unidos não significa o fim absoluto da marca em nível global.

A Authentic Brands Group (ABG), que detém os direitos da Forever 21, estuda manter a marca ativa em mercados estrangeiros por meio de licenciamento para operadores locais.

Por exemplo, ao procurar a marca na Shein, a mesma possui um perfil no e-commerce onde são comercializadas algumas das suas peças.

Inclusive, a parceria da Forever 21 com a Shein pode ser interpretada como uma espécie de catalisador para o processo de digitalização da fast fashion estadunidense.

Essas parcerias permitirão a continuidade da marca em países onde ainda existe demanda — mas com estrutura mais enxuta, foco no comércio eletrônico e controle regionalizado.

Conforme mencionamos acima, no Brasil, as operações físicas já haviam sido encerradas em 2022, e não há previsão oficial de retorno.

Forever 21 ainda tem parceria com a Shein (Foto Reprodução/Canva/Lennita/Tv Foco)
Forever 21 ainda tem parceria com a Shein (Foto Reprodução/Canva/Lennita/Tv Foco)

Conclusão:

Em suma, o colapso da Forever 21 ilustra o fim de um modelo de negócios que não se modernizou a tempo.

A desconexão entre marca e consumidor, somada à resistência em inovar, selou sua queda. O futuro do varejo exigirá adaptação contínua, propósito claro e presença digital estratégica.

A Forever 21 pode voltar, mas jamais como era — o tempo da moda rápida sem responsabilidade ficou para trás. Mas, para saber sobre mais casos e crises empresariais, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida. Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever. Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino-americanas e mundiais. A arte é o que me move... Atualmente, escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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