FIM DE UM IMPÉRIO!

Viagens canceladas e rombo de 8M: Falência de companhia aérea n°1 desespera passageiros em país

26/05/2025 às 8h30

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Companhia aérea tem falência decretada e deixa milhares na mão (Foto Reprodução/Montagem/Hora do Benefício /Canva/Lennita)

Colapso de uma companhia aérea e falência repentina cancelam voos e deixam passageiros à deriva e sem saber o que fazer

A súbita falência de uma companhia aérea com sede em Mont-Saint-Guibert provocou uma onda de cancelamentos de voos e expôs a fragilidade de milhares de passageiros que, sem aviso prévio, viram seus planos ruir com as viagens canceladas.

Trata-se da Air Belgium, apresentada por anos como uma alternativa promissora para conectar a Bélgica à Ásia e a outros destinos estratégicos.

A companhia entrou em espiral descendente após sucessivas crises financeiras.

Air Belgium teve sua falência decretada (Foto Reprodução/AEROIN)
Air Belgium teve sua falência decretada em abril de 2025 (Foto Reprodução/AEROIN)

A falência oficial, decretada no fim de abril de 2025, selou o destino de uma empresa que infelizmente não conseguiu atingir estabilidade financeira.

O episódio ainda reacendeu discussões sobre proteção ao consumidor e responsabilidade no setor aéreo europeu.

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Sendo assim, a partir de informações do portal O Antagonista, a equipe especializada em economia do Hora do Benefício traz à tona essa história marcada por frustração e desespero.

O início de uma história turbulenta:

  • 2016–2018: Um começo ambicioso

Conforme mencionamos, a Air Belgium foi fundada com o objetivo de posicionar-se como um elo entre a Europa e a Ásia, especialmente a China.

A companhia realizou seu voo inaugural em 2018 com destino a Hong Kong, marcando a entrada de uma nova concorrente no segmento de longa distância.

Sua base operacional em Charleroi oferecia uma alternativa ao congestionado aeroporto de Bruxelas, e a empresa apostava em tarifas acessíveis com serviço de bordo premium.

  • 2020: Pandemia impõe um golpe severo

Com a chegada da pandemia de Covid-19, a aviação comercial sofreu um baque histórico, e a Air Belgium foi duramente atingida.

A receita despencou mais de 40%, e a empresa interrompeu as operações por meses.

Mesmo com o retorno gradual dos voos, as restrições sanitárias e a retração na demanda tornaram a recuperação quase inviável.

A empresa fechou o ano com prejuízos que ultrapassaram 20 milhões de euros.

A pandemia da Covid-19 facilitou a derrocada da empresa (Foto Reprodução/Internet)
A pandemia da Covid-19 facilitou a derrocada da empresa (Foto Reprodução/Canva)

A crise e tentativa de sobreviver:

  • 2021–2022: Tentativas de diversificação e recuos estratégicos

Tentando contornar o cenário adverso, a companhia apostou em transporte de carga e contratos de leasing com tripulação (ACMI).

Apesar de uma parceria operacional com a gigante de logística CMA CGM, as perdas acumuladas e a falta de capital fresco limitaram qualquer chance de retomada real.

Além disso, as tentativas de atração de investidores, incluindo tratativas com grupos asiáticos, fracassaram diante do passivo crescente.

Air Belgium até tentou sobreviver mas sem sucesso (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Edição Lennita/Hora do Benefício/ Internet)
Air Belgium até tentou sobreviver mas sem sucesso (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Edição Lennita/Hora do Benefício/ Internet)
  • 2023: Encerramento das operações de passageiros

Em setembro de 2023, a Air Belgium anunciou a suspensão definitiva de seus voos regulares de passageiros a partir de outubro do mesmo ano.

A medida integrou uma reestruturação e, na prática, selou o fim de sua atividade mais emblemática.

A empresa seguiu operando apenas em voos de carga e ACMI, com frota reduzida e quadro de pessoal em declínio.

A falência e o caos:

  • 2024: Pedido de proteção judicial

Com a receita corroída e dívidas acumuladas, a Air Belgium não teve outra alternativa a não ser recorrer à justiça belga em janeiro de 2024 com um pedido formal de reorganização judicial.

Afinal de contas, ainda restava esse recurso como uma tentativa de preservar os negócios restantes.

E de fato, essa iniciativa até protelou o colapso, mas infelizmente não alterou o desfecho.

Posteriormente, a empresa ficou praticamente ausente do mercado de passageiros, mantendo apenas operações logísticas e fretadas.

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  • 30 de abril de 2025: A falência é decretada

Por fim, o tribunal comercial de Walloon Brabant declarou a falência da Air Belgium no dia 30 de abril de 2025.

No mesmo dia, a CMA CGM adquiriu os ativos relacionados ao transporte de carga, preservando 124 empregos, incluindo 72 pilotos e técnicos especializados.

No entanto, a divisão de passageiros foi extinta, e clientes que haviam adquirido passagens não receberam orientações formais sobre reembolsos, deixando milhares no mais completo desespero com as viagens canceladas.

Queda da Air Belgium deixou milhares de passageiros na mão (Foto Reprodução/Freepik)
Queda da Air Belgium deixou milhares de passageiros na mão (Foto Reprodução/Freepik)

Passageiros sem respostas e mercado aéreo sob pressão

Pois é, a falência da Air Belgium deixou milhares de consumidores sem transporte nem ressarcimento. Voos foram cancelados sem aviso prévio e agências de turismo ficaram impossibilitadas de cumprir pacotes vendidos com antecedência.

Operadores intermediários absorveram parte das perdas, sem clareza sobre eventual compensação.

Além do prejuízo financeiro, muitos viajantes enfrentaram o transtorno logístico de:

  • Reorganizar viagens às pressas;
  • Arcando com custos não planejados.

Qual foi o destino da marca Air Belgium?

Conforme citado acima, com o encerramento das atividades de passageiros e a falência oficializada, a marca Air Belgium sobrevive agora exclusivamente no segmento de carga aérea.

A operação, integrada ao grupo francês CMA CGM, manteve a identidade visual da antiga companhia, mas com foco exclusivo na logística internacional.

A frota passou a operar entre centros estratégicos europeus e asiáticos, sem qualquer previsão de retorno ao transporte de passageiros.

Conclusão

Em suma, a derrocada da Air Belgium evidencia os riscos enfrentados por empresas aéreas de médio porte diante de crises prolongadas. Passageiros ficaram desassistidos e o mercado, mais vulnerável.

A ausência de regulação eficaz amplia o impacto dessas falências.

Por fim, a marca persiste apenas como sombra do projeto original — um símbolo das ambições frustradas de conectar a Bélgica ao mundo.

Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida. Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever. Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino-americanas e mundiais. A arte é o que me move... Atualmente, escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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