Pente-fino do INSS corta milhares de benefícios! Saiba como proteger o seu e evitar surpresas

INSS corta quase metade dos benefícios no pente-fino. Saiba como evitar que o seu seja cancelado e o que fazer para proteger seu direito!

Desde julho, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem realizado um rigoroso pente-fino nos benefícios concedidos, com o objetivo de reduzir os gastos públicos e garantir o cumprimento da meta fiscal de 2025.

Esse processo de revisão tem gerado apreensão entre os segurados, especialmente aqueles que dependem de auxílios regulares para sua sobrevivência. Até o momento, quase metade dos benefícios analisados foram cortados, resultando em uma economia significativa para os cofres públicos, mas também em grande preocupação para a população afetada.

O INSS já submeteu à perícia médica cerca de 238 mil auxílios, dos quais 133 mil foram suspensos. Isso representa um corte de 48,45%, ou seja, praticamente metade dos benefícios revisados. Embora essa medida seja considerada uma forma de controle de gastos, muitos segurados temem perder os depósitos mensais que são cruciais para suas vidas. Esse receio se agrava com a perspectiva de que o governo federal continuará com novos cortes nos próximos meses.

O objetivo do governo é claro: alcançar uma economia de R$ 25,9 bilhões em gastos públicos para 2025, com R$ 1,3 milhão já economizados até agora por meio do corte de benefícios irregulares ou desatualizados. Esse montante, no entanto, é apenas o início de um processo que visa reformar profundamente a concessão de auxílios por incapacidade e outros benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-doença.

Agência de uma unidade do INSS (Foto: Reprodução/Internet)

Principais Causas dos Cortes de Benefícios

Uma das razões para os cortes massivos é a necessidade de atualizar os cadastros dos segurados, especialmente aqueles que estão desatualizados há mais de seis meses. Segundo o governo, a revisão desses benefícios é fundamental para evitar fraudes e pagamentos indevidos. Com a implantação de ferramentas como o Atestmed, um sistema de perícia documental, o INSS conseguiu acelerar a análise dos pedidos, reduzindo o tempo de espera para a concessão ou renovação de auxílios.

O Atestmed permitiu que o processo de perícia se tornasse mais ágil, eliminando a necessidade de exames presenciais em muitos casos. No entanto, isso também resultou em uma maior rigidez na concessão e manutenção dos benefícios. A automatização da análise documental aumentou a eficiência, mas também levou à suspensão de muitos auxílios que não foram devidamente atualizados pelos segurados.

Além disso, o governo está focado em outros cortes para atingir a economia planejada. No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a falta de atualização no Cadastro Único (CadÚnico) pode gerar um impacto de R$ 4,3 bilhões em cortes. Já a reavaliação pericial desse benefício deve proporcionar uma economia adicional de R$ 2,1 bilhões.

O auxílio-doença é outro alvo importante dessa revisão. Estima-se que, com a implementação do Atestmed, os cortes nesse tipo de benefício somem R$ 6,2 bilhões até o final do processo de revisão. Isso demonstra que o governo está determinado a reduzir significativamente os gastos com benefícios concedidos por incapacidade.

Aplicativo oficial do INSS (Foto: Reprodução/Internet)

Impacto dos Cortes no Auxílio-Doença e Demais Benefícios

Para este ano, o governo já anunciou um corte total de R$ 2,9 bilhões no auxílio-doença. Essa redução se dá em função da reavaliação periódica que o INSS realiza, com foco em benefícios que não foram atualizados ou que não apresentam comprovação suficiente de incapacidade. Além disso, o governo já sinalizou que ainda serão cortados R$ 1,6 milhão em outros benefícios do INSS, à medida que a revisão avança.

A preocupação com esses cortes é generalizada. Mais de 800 mil idosos, por exemplo, podem ter seus benefícios suspensos devido à falta de atualização de dados no CadÚnico ou à ausência de comprovação de incapacidade. Essas pessoas, muitas das quais são de baixa renda, dependem dos auxílios para suas despesas diárias, e a perda desses recursos pode gerar uma crise social ainda maior.

Os segurados do INSS estão cada vez mais atentos às exigências do órgão para manterem seus benefícios. Muitos estão sendo convocados para revisões presenciais ou documentais, o que gera um clima de tensão. Apesar de o governo afirmar que a intenção não é prejudicar quem realmente precisa dos auxílios, a população teme que cortes indevidos possam acontecer.