Golpe imobiliário: Dono de imobiliária é acusado de aplicar golpe de 2 milhões em dezenas de clientes

Ao todo foram cerca de 50 clientes enganados pelo corretor e dono de imobiliária

Muitas pessoas de São Paulo tiveram o sonho da casa própria transformado em um verdadeiro pesadelo. Acontece que um dono de uma imobiliária situada no Morumbi, zona sul de São Paulo, foi acusado de aplicar golpes em seus clientes que somam mais de 2 milhões de reais em prejuízos.

Pelo menos 50 vítimas se reuniram nas redes sociais e por grupos de Whatsapp, denunciaram o corretor Ronaldo Rodrigues dos Santos, que teve o registro profissional cassado recentemente pelo Conselho Regional de Fiscalização do Profissional Corretor de Imóveis (Creci-SP).

O empresário, vale dizer, já tem uma condenação por estelionato no ano de 2021, depois de ter sido processado por embolsar de forma ilegal 200 mil reais de um cliente que negociava a compra de um imóvel na imobiliária dele.

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De acordo com relatos ouvidos pelo G1 e SP2, as vítimas do dono da imobiliária eram pessoas interessadas em comprar ou vender imóveis na capital paulista, porém, foram enganadas nas negociações e perderam altas quantias em dinheiro.

Ronaldo Rodrigues dos Santos contou ser inocente e a empresa dele, a Imobiliária Rodrigues Maia, está sendo alvo de uma campanha difamatória de ex-empregados demitidos. De acordo com ele, os ex-colaboradores entraram em contato com pessoas em situação de distrato contratual com a imobiliária para instigá-las contra a empresa.

A maioria das vítimas falou com a reportagem na condição de anonimato. Uma delas é o idoso de 82 anos, morador do Jardim Herculano, na zona sul. O neto contou que o seu avô colocou um único imóvel que tinha, fonte de renda da aposentadoria, à venda pela imobiliária do empresário.

Após uma pessoa comprar o imóvel de cerca de 600 mil, o empresário transferiu metade do dinheiro ao aposentado e deu a outra metade em um cheque, que deveria ser depositado apenas após a transferência formal da casa para o novo proprietário.

Depois do negócio ter sido concluído e o cheque depositado, acabou vindo a surpresa: “Meu avô depositou o cheque a primeira vez e o banco avisou que era fraudulento. Voltou lá e pediu explicações, e ouviu que era um mal entendido. Tentou um segundo depósito, mas o banco se negou, justamente por se tratar de um documento falso”, contou o neto.

Além do idoso, as empresas ligadas ao empresário como a Imobiliária Rodrigues Maia, têm ao menos vinte processos na Justiça paulista. Um desses processos é do estudante de engenharia Renan de Sousa Carrilho. O mesmo tem 22 anos e no ano passado ele procurava um apartamento para comprar e morar com o pai, que estava gravemente doente e sofria com um câncer em seu cérebro.

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E após muito pesquisar, ele chegou a um imóvel no Jardim das Oliveiras, zona leste, que também estava sendo negociado pela Rodrigues Maia Agenciamento de Serviços e Negócios Imobiliários, outra empresa ligada ao corretor investigado.

Ao ser procurado pelo SP2, por meio do telefone, o empresário disse à reportagem que a imobiliária está cumprindo a decisão do Creci-SP e da Prefeitura de São Paulo, deixando de funcionar nos cinco endereços que tinha na capital paulista.

Dono de imobiliária acusada de golpe (Imagem: Montagem)