Justiça considera Vem Pra Cá impróprio para menores de idade

11/08/2021 às 8h12

Por: Thalia Alencar
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Patrícia Abravanel expõe tudo após confessar traição em atração do SBT (Foto: Reprodução)

O Ministério da Justiça indeferiu o pedido de auto classificação remetida pelo SBT para programa o Vem Pra Cá, segundo o site TV Pop.

O SBT planejava que a revista eletrônica matinal fosse considerada um programa recomendado para todos os públicos, mas não deu certo a classificação desejada. Para o órgão, a atração comandada por Patricia Abravanel e Gabriel Cartolano é imprópria para menores de 12 anos e precisa ser vista com cuidado, com a exibição recomendada apenas para depois das 20h, por conter conteúdos como “drogas, violência e linguagem imprópria”.

Patrícia Abravanel apresenta o Vem Pra Cá, no SBT (Reprodução/Instagram)

Patrícia Abravanel apresenta o Vem Pra Cá, no SBT (Reprodução/Instagram)

A sentença do Ministério da Justiça foi publicada na edição de 10 de agosto do Diário Oficial da União.

A emissora de Silvio Santos ainda pode recorrer, mas a determinação feita pelo sistema de classificação indicativa não interferirá em nada, já que não há mais a obrigação de seguir a vinculação de faixa horária da faixa horária escolhida pelo órgão.

Por lei, até o final de 2016, as emissoras de televisão eram obrigadas a seguir as recomendações feitas pelo governo. O STF, porém, decidiu que a imposição prévia de horários era ilegal e podia ser vista como censura prévia aos programas.

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A classificação indicativa não especifica quais dos pontos foram violados para que o Vem Pra Cá não conseguisse ser apto para todos os públicos. Porém a página oficial do programa dá explicações sobre cada uma das faixas etárias e cita possíveis temas que provocaram o veto da atração para menores de 12 anos.

O item de violência pode abordar “agressão verbal, ato violento, bullying, descrição de violência, exposição de pessoa em situação constrangedora ou degradante, lesão corporal, obscenidade, presença de sangue, supervalorização da beleza física, supervalorização do consumo, violência psicológica”, dentre outros, enquanto drogas se enquadra em “consumo de droga lícita, consumo irregular de medicamento, discussão sobre legalização de droga ilícita, indução ao uso de droga lícita, menção a droga lícita”.

É provável que a auto classificação pretendida pelo SBT tenha sido vetada por conta pelo bloco de notícias que abre a revista eletrônica: os primeiros minutos do programa comandado por Patricia Abravanel e Gabriel Cartolano são preenchidos por um noticioso comandado pelo repórter Darlisson Dutra, que costuma focar na exibição de temas policiais para tentar reter parte do público deixado pelo Primeiro Impacto.

A rede Record também já teve questões com o Ministério da Justiça por conta de sua programação matinal.

Há cerca de dois anos, o órgão avisou que o Hoje em Dia poderia ser reclassificado — ele era apto para todos os públicos — se não passasse por diversos ajustes em seu conteúdo.

O SBT não aceitou remodelar o programa, e preferiu pedir para que a atração passasse a ser considerada um jornalístico, gênero que dispensa avaliações do órgão e que pode ir ao ar em qualquer faixa horária.

 

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Tenho 24 anos e sou estudante de Relações Públicas. A paixão pelo mundo da teledramaturgia vem desde criança e meu objetivo é informar com clareza.

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