Tratamento de custo bem elevado de Claudia Rodrigues, não tem comprovação científica

A humorista sofre com as manifestações da esclerose múltipla e aposta em um novo tratamento para conseguir se livrar da doença

Claudia Rodrigues anunciou recentemente que esta investindo em um tratamento contra a esclerose múltipla. Tal tratamento é caríssimo, custa por volta $36 à $50 mil dólares, cerca de R$137 à R$260 mil reais e ela vai vender um imóvel para conseguir pagar.

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O tratamento é chamado de túnel térmico cerebral e é patenteado nos Estados Unidos, por esse motivo terá que ser realizado lá, mas tal procedimento não tem comprovação científica.

Segundo o apurado pelo site Notícias da TV, médicos especialistas afirmaram que o tratamento não tem comprovação científica.

“Para o objetivo da esclerose múltipla não há nenhuma evidência científica [de que o método funcione]”, afirmou o PHD em neurologia, Marcos Alvarenga.

Tratamento caríssimo de Claudia Rodrigues não tem comprovação científica (Imagem Reprodução Internet)

A informação foi ratificada pelo especialista em Esclerose Múltipla, Igor Campana: “Não existe evidência científica para o método. É um método que promete melhoria para diversas doenças neurológicas, mas que em nenhum momento foi comprovado.”.

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Luan Lucena, neurocirurgião especialista em neurocirurgia funcional também concordou com a declaração dos dois médicos acima e ainda afirmou que tal procedimento deve estar de acordo com as diretrizes da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), para poder ser tratado como possibilidade de procedimento contra a doença.

A ABN se manifestou através de um comunicado oficial que afirma não ter diretrizes para o tratamento.

“Diante de notícias veiculadas recentemente em alguns órgãos de mídia, enfatizamos a todos os cidadãos e, em especial, aos pacientes acometidos e seus familiares, aos médicos de todas as áreas, aos nossos colegas neurologistas e a associados da ABN que a técnica não tem qualquer sustentação científica”.

O Notícias da TV ainda procurou o médico que é responsável por esse tratamento para saber como ele defende o procedimento.

“Em 2007 foram iniciados estudos sobre tratamentos utilizando o túnel térmico cerebral, o BTT, e em 2011 foram apresentados os resultados da aplicação da tecnologia para tratamento de pacientes com esclerose múltipla no congresso da Sociedade Americana de Anestesistas com o trabalho The Brain Temperature Tunnel: More Than a Path for Monitoring Temperature, os resultados revelaram que o BTT é muito mais que um caminho para monitorar a temperatura do cérebro, mas também um caminho para um tratamento com sucesso para doenças neurológicas.”, afirma Marc Abreu.

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Estudos apontam que o tratamento pré-clínico indica melhora nos parâmetros cognitivos casos de Alzheimer em animais.

Contudo, o especialista frisa que “é muito importante salientar que para utilizar esta técnica em humanos são necessários estudos controlados duplo-cegos longitudinais para que sejam testados os efeitos dessa estratégia terapêutica”, finalizou.